Azimute

Tragédias e comédias

Por Hersch Basbaum

Código do livro: 347577

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Ficção e Romance, Literatura Nacional

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Sinopse

Diálogos entrecortados por emoções díspares é, sim, o

verdadeiro nome do novo livro de coisas, peças teatrais

e contos, de Hersch W. Basbaum. Como sempre, busca a

transgressão.

Basbaum já se mostrava convencido de que aquilo que

expressamos com palavras já está morto em nossos corações.

Sempre haverá algo desprezível no ato da fala, ele costumava

dizer, onde pululam afirmações como essa, carente de significação.

Sim, ele é modesto e tem orgulho disso, chegando a

apregoar que: “ninguém é mais modesto do que eu”.

A ideia do livro é ser veículo para divulgar outras duas

de suas peças teatrais, que são “comediação” ou “comediamento”

de tragédias ou vice-versa, “tragediação” ou “tragediamento”

de comédias – exatamente do jeito como entende

a vida – antecedendo nova série contos, alguns novos e outros

reescritos, depois de dezenas anos, que puderam ser publicados

em seu vitorioso (epa!) primeiro livro, de 1971, equivocadamente

denominado de “OBRAS PÓSTUMAS DE E.

M.” e também em livro posterior, de 1984, “O fâmulo

de Cristo ”. Este, também, muito bom, de boa aceitação.

Sim, vale-se desse critério – um novo conjunto de histórias,

para que, à semelhança dos dois últimos livros, de

ficção, que publicou, possa completar um novo volume capaz

de involucrar, conforme já acentuei, outras duas de suas

obras teatrais, de certa forma, também inéditas, afastando-as

da crítica roedora das traças, conforme diria Engels. Sim,

ele quer que o mundo possa conhecer seus trabalhos de afirmação

da dramaturgia como forma de expressão, estética e de ideias, como se uma pudesse independer da outra. Ledo

engano.

Estas, que agora trago, eu não conhecia. Aliás, nem ele

mesmo, eu acho, depois de quase 50 anos! Pois que, e disso

eu tenho certeza, se conhecesse – pelo menos, é o que

diziam alguns de seus (não tão) amigos de suas relações,

e outros detratores – jamais permitiria que fosse divulgado

um texto, depositário de ideias, hoje vistas como absurdas,

contrastantes e agressivas à inteligência. Segundo consta,

essas foram palavras ditas por Suzana Grinkell. Mas ele não

deixou essas palavras flutuando, soltas, pelo espaço afora,

para quem quisesse pegar e comentou o assunto. Mas ele

mesmo se divertia ao falar a respeito disso, de tal sorte que

nunca sabemos o que de verdadeiro existe nisso tudo.

“Aliás, convém, dizer”, falava-me ele: “vá ser crítica

assim na casa do chapéu!”. Foi isso que ele me comentou ao

escutar, de mim, uma ligeira análise, que fiz dos trabalhos

em questão. Expressão roubada – diga-se, a bem da verdade

– dos comentários da mais assídua de suas namoradas. A

que se manteve fiel mesmo quando distante do seio de seus

amantes ou, melhor dizendo, dos amantes de seus seios.

Azimute é o nome correto dos diálogos, aqui entrecortados

por emoções díspares. Já disse isso.

Depois de “SOLSTÍCIO” e “EQUINÓCIO”, seus últimos

livros, nada mais natural que se coloque “AZIMUTE”

como projeto literário, justamente na aurora de um novo

momento.

Azimute, como se sabe, é o ângulo medido no plano horizontal

entre o meridiano no lugar do observador e o plano

vertical que contém o ponto observado (e daí!?, perguntou o abade), mas que significa, também, dito maldoso, mexerico,

disse-me-disse, conforme Houaiss.

Mas entre solstício, equinócio e azimute, eu fico com

zênite.

O “FANERANTO” já nasceu peça teatral, tendo merecido

diversas montagens, embora nenhuma tenha sido profissional

de fato, apesar do sucesso junto às mais diferentes

plateias que tiveram a sorte de poder assistir às diferentes

encenações. Mesmo sabendo de êxito fugaz como clarão de

um meteoro, que acompanha o êxito teatral.

Já o texto “ALÔ, MAMÃE!, pelo contrário, surgiu como

um conto, fragmentado em diversos trechos – na verdade,

telefonemas que enriqueceram o livro, ocupando, separadamente,

outros textos, no mesmo volume de o “FÂMULO

DE CRISTO”, que é o nome da obra, aliás, a de número 4.

Posteriormente, foi transformada em peça teatral, com pequenas

alterações e inclusão de passagens que fortalecem a

coerência. Porém, há um problema: enquanto a primeira se

estrutura em cima de diálogos, podendo ser apreciada, ou

não, diretamente por simples leitura, ainda que tenhamos os

atores sentados ao redor de uma mesa sem qualquer marcação

ou movimentação corporal, o texto “ALÔ, MAMÃE!”

requer, para sua plena apreciação, uma ideia de montagem/

encenação, conforme indicam as didascálias. O texto crescerá

adquirindo maior significação.

Como peça, é inédita até para simples leituras.

Paulo Venâncio Tripartite. Esse é o meu nome, acreditem ou não.

Crítico de Plantão

São Paulo, Ano I da Pandemia.

Características

ISBN 9786587604138
Número de páginas 136
Edição 1 (2020)
Formato A5 (148x210)
Acabamento Brochura c/ orelha
Coloração Preto e branco
Tipo de papel Ahuesado 80g
Idioma Português

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