SEM FIOS NEM FINS.
É nesta onda,
descorada e amedrontada,
que defronto desarmado,
as escuridões e distâncias.
E noutras geografias,
envio minhas aventuras,
pelos correios desbravados da solidão e desesperos.
É nesta estrada sem fios,
que busco amores e amparros,
esperando da vida,
os plurais dos outonos.
E noutras geografias,
nascem outros horizontes,
enquanto eu ainda espero
enlutado e sincero
pelo fim, para alcançar
os tempos doutros fins.
Descubro nestes refúgios,
que a vida não tem fios
apenas recuos e avanços,
fazem do Homem
um inexistente porto,
onde atracam as vitórias.
Sem fios, nem fins
assim continuo existindo,
neste inverno debulhado
pelo camponês,
que as noites assassinaram.
Sem fios, nem fins.
Continuo caminhando.
DEDICATÓRIA
Se eu dissesse que existem pessoas que acreditam em nós, mas do que nós acreditamos em nós mesmos, muitos não acreditariam. Dedico este trabalho, com todas as forças e lágrimas, aos meus já falecidos padrinhos de baptismo, Joana Machava e Paulino Chombene, minha falecida irmã Angelina André e ao meu falecido grande amigo, Bernardo Mondlane.
Dizer que, com os vossos ensinamentos, pude hoje continuar a sonhar, e como prometera desde sempre, faria dos vossos ensinamentos um livro. Sei que estão distantes, mas acredito que um dia, com a glória de Jeová nossos encontros serão restaurados. Obrigado.
AGRADECIMENTOS
Sempre tive um amigo, dois ou talvez três, mas nunca tive um companheiro, alguém que pudesse enxugar minhas lágrimas nos momentos tristes, alguém que pudesse compreender-me e mostrar-me novos caminhos. Um dia tive que conhecer-te, conhecer seus planos e preocupações para comigo. Sempre questionei a razão deste talento, mas hoje descobri que alguém tinha planos maiores para mim, não importava o quão perdido eu estivesse, ele sempre me amou. Agradeço a Jeová pelo dom da vida, por amar-me mesmo sendo pecador, por mostrar-me novos caminhos e guiar-me de volta a salvação.
Os agradecimentos são extensivos aos meus pais, irmãos, amigos, em especial aos meus padrinhos, Custódia e Juvenal Moiane, eles sempre abraçaram minhas iniciativas, fizeram -me provar que eu era capaz de fazer a diferença. Igualmente a ti Msc. Bernardo Nhacula, o homem que sempre viu o meu potencial, muito obrigado.
SAÚDO - TE COMPANHEIRO
Saúdo - te companheiro,
com um abraço inevitável
e lástimas estampadas sobre o papel.
Minha voz é eremítica
e o verão aparenta - me carente,
para acompanhar - me nesta expedição
rumo a domínios proibidos,
pois é lá onde me leva a ilusão.
abanca - te e abra a janela,
porque hoje os clarões, te desejam,
cálidos e fleumáticos,
para servir - te
e nortear – te, nestes itinerários
rumo a universos proibidos.
ATÉ QUANDO EU VOLTAR
Eu vou mãe,
Espero nunca mais voltar,
Sim, espero nunca mais voltar
Vou em busca da vida
E talvez nunca regresse,
Pois prefiro morrer
A voltar a viver
Debaixo do sol e da lua
Mae, diga adeus ao pai,
E diga-lhe que irei esperar
Naquelas minas, perto do mar
Mãe, diga ao pai,
Que trarei comigo a vida
Embrulhada e acorrentada
Para que possa ser julgada
Número de páginas | 111 |
Edição | 1 (2020) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Ahuesado 80g |
Idioma | Português |
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