Um amor-próprio que não aceita ser dominado, nem tem a pretensão de dominar a pessoa amada; um amor pelas amizades, pelas relações de respeito, admiração, autonomia, diálogo, honestidade e compromisso mútuo. O amor livre não é apenas sobre nossos vínculos sexuais ou românticos, ele é uma dinâmica de construção de vínculos pessoais e políticos baseados na diversidade e na igualdade.
No amor livre, eu não sou propriedade de ninguém, nem dos meus amores, nem dos meus parentes. Minha mãe não me possui, assim como não possuo meu filho. Temos amizade, acima de tudo, porque respeitamos nossas escolhas, conversamos e crescemos juntas, sempre que possível.
Num mundo patriarcal e machista, monogâmico, colonial e capitalista, o amor livre pode ser entendido como o ideal, a utopia, enquanto a anti-monogamia é o real, é a luta cotidiana, é a prática política.
Utopia não no sentido de fantasia ou sonho impossível, mas de construção real para o presente e para o futuro: um horizonte de possibilidades que devem ser imaginadas, buscadas e praticadas, aqui e agora. O que não é imaginado e colocado como critério prático, ainda que difícil, não pode ser construído nem agora nem no futuro. Por isso, estamos falando de uma postura utópica, sim, porém prática, abertamente política e de antagonismo ao sistema monogâmico de opressão às mulheres.
ISBN | 978-65-266-2297-1 |
Número de páginas | 134 |
Edição | 1 (2024) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 90g |
Idioma | Português |
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