Cansado de escrever, Jack então enrola os manuscritos do Cagada Literária em um grande charuto, manufaturando assim um rolo comprido e macio. Num surto niilista de autodestruição quis acender e fumar sua história até o final. Jack inclinou-se calmamente até a chama da vela com o charuto na boca. A tempestade tropical, que estava ameaçando havia um tempo, desabou sobre sua choupana. O tufão arremessou, para a surpresa de nosso personagem ficcionista, o velho telhado para longe, espatifando-o no chão. A tempestade salvou o manuscrito de Jack, a história da maior cagada de sua vida. Compreendendo o sinal, nosso adorável pirata, coach e exorcista norteamericano enfiou os originais dentro de uma garrafa vazia de rum. Com a cera ainda mole selou o translúcido veículo de sua obra. Ainda naquela noite o pior livro já escrito se perderia no breu estrelado do mar caribenho, atiçando as ardentias sob a fraca luz da lua nova. Quando o dia seguinte amanheceu, navegando a tranquila superfície do oceano atlântico já pacificado, o Cagada Literária estaria a muitos quilômetros do buraco de onde havia saído.
Número de páginas | 192 |
Edição | 1 (2024) |
Formato | 16x23 (160x230) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Ahuesado 80g |
Idioma | Português |
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