A MULHER QUE NÃO SORRIA

De repente, coisas estranhas começaram a acontecer no pensionato. Portas batiam sozinhas, objetos desapareciam e reapareciam em lugares improváveis, e um cheiro de vela queimada pairava no ar sem motivo aparente. Os hóspedes, inquietos, passaram de simples curiosos a verdadeiros investigadores amadores, determinados a descobrir a origem daqueles fenômenos.

Com o tempo, perceberam que os acontecimentos não eram apenas fruto da imaginação — algo, ou alguém, parecia estar tentando enviar uma mensagem. E quanto mais se aproximavam da verdade, mais os riscos aumentavam. Havia quem jurasse ter ouvido sussurros durante a noite, outros relataram visões perturbadoras. O medo tomava conta.

Fernanda Elisa, por sua vez, ficava cada vez mais tensa. Seu segredo ameaçava vir à tona, e com ele, toda a sua vida construída até ali. Mas o que ela escondia era mais do que um erro do passado — era algo sombrio, antigo, e que agora parecia estar desperto novamente