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Edra Moraes

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Edra Moraes é assumidamente feminista e orgulhosamente (descaradamante) feminina, mas ela não é ideológica e nem pretende ser qualquer dessas rotulações que a mídia e a sociedade trazem como feministas; ela simplesmente ama-se como mulher e incessantemente questiona a forma como sua sociedade nega às mulheres a auto-realização e o poder de exercer o direito de ser mulher.

Essa sensação - essa noção inexorável de que eu nunca, sob nenhuma circunstancia acataria caber nas definições de gênero que a sociedade encoraja e impõe - ocorreu-me quando adolescente ao ler pela primeira vez Virginia Wolff, pois até então “feminismo” não estava disponível no meu universo soberanamente masculino, mas havia então uma palavra para descrever como eu me sentia de um dia para o outro? E deveria haver? Essas respostas eu encontrei na obra “Para ler enquanto escolhe feijão”. Os poemas e histórias da autora apontam perspectivas diferentes: a de que há uma essência em nossa essência, a observação única sobre a humanidade, que nunca muda. Nós simplesmente tornamo-nos mais conscientes dessa natureza com o tempo. Não apenas a definição da palavra, mas as memórias vívidas da minha historia e os personagens da minha própria vida, quase como lhe estivesse lendo um velho diário através de suas palavras; que para viver-se plenamente, especialmente como uma mulher é necessário não temer julgamento, críticas. O destemor de Edra está não só atado ao seu discernimento, mas seu trabalho também serve como um aviso, do que pode acontecer quando a ordem heterossexual, a ordem patriarcal é desafiada e uma mulher muda de objeto sexual a assunto sexual. Ela explora relações, até mesmo a feiúra das relações, especialmente a feiúra na verdade, sua poesia ainda cuidadosamente revela que o amor é suficiente para atenuar a lembrança até mesmo das memórias mais imperdoáveis. Nas histórias que narrarmos para nós mesmos, narramos nós mesmos, lembra Michael Martone. *Nós também nos lemos nos livros que lemos. A poesia de Edra Moraes pode ser um ato espiritual e também um ato terapêutico, abrindo as válvulas da memória - memórias vividas ou a serem vividas, conduzindo-nos de volta a nós mesmos, a quem éramos ou estamos prestes a ser.
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