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CRÍTICO DE NOVOS AUTORES
Zona de Retaguarda permite um raro (e viável) entendimento de todo o passado recente do Brasil
A primeira pergunta que paira na mente do leitor é: isso realmente aconteceu?
Com estilo semelhante ao Código da Vinci, Zona da Retaguarda leva o leitor a uma viagem pelo passado recente do Brasil e por todo o processo político internacional desempenhado pelo país entre as décadas de 60 a 90, durante a Guerra Fria.
A trama é, por si só, intrigante: em meio à ameaça de uma Guerra Nuclear, os dois arqui-inimigos (Estados Unidos e União Soviética) viviam em constante risco de desastres atômicos que, como consequência natural, praticamente exterminariam a capacidade de produção de alimentos em suas regiões (eliminando as suas chances de sobrevivência).
Por outro lado, as questões climáticas e geográficas terrestres impediriam que um eventual desastre atômico contaminasse a area do globo abaixo da linha do Equador, uma vez que as correntes e os ventos vão no sentido dos pólos (protegendo, portanto, o hemisfério sul).
E qual a melhor maneira de assegurar a um país a sua sobrevivência no pós-guerra nuclear? Garantindo o escoamento de alimentos e mesmo infraestrutura (energia, armas e munições etc.) de pontos não contaminados para os seus territórios. Nasce, assim, a teoria das zonas de retaguarda. Para a União Soviética, por questões de proximidade, restava exercer uma influência maior sobre a Africa – mesmo considerando a miséria e a falta absoluta de estrutura para que o continente conseguisse exercer o papel de maneira efetiva. Os Estados Unidos, por sua vez, contavam com a proximidade “abençoada” com o Brasil: um país aliado, com vasto território, distante dos inimigos, com diversas proteções naturais (indo desde um Oceano, ao leste, até os Andes, ao oeste) e imenso potencial de desenvolvimento.
Número de páginas | 214 |
Edição | 1 (2009) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 80g |
Idioma | Português |
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