Política, Religião e Futebol não se Discutem.

Quem disse que não?

Por Felipe Marcelo Gonzaga de Carvalho

Código do livro: 219898

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Ciência Política, Esportes E Lazer, Religião, Futebol, Política Cultural, Política Pública

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Sinopse

Ditos populares sempre tiveram um grande peso na vida individual e coletiva, justamente por ficar conotado um padrão de comportamento a ser seguido, o que na verdade não deveria, porém isso depende muito da cultura popular, se ela aceita como padrão tais ditos, infelizmente o crescimento coletivo acaba regredindo.

Penso o poder de um ditado na vida de um indivíduo e de um povo, o quanto firmam seus pensamentos e ações num simples ditado, que foi um pensamento de alguém ou de alguns, mutagênico, adaptando-se ao modo como alguns achavam ser o melhor para a vida em conjunto, uma forma de direcionamento coletivo, principalmente pelo fato de que o povo é frágil no sentido de sua manipulação e aí sobressaem aqueles com destreza de intelecto.

Desde criança ouvia um ditado que mais se tornou uma prece: "Política, Religião e Futebol não se discutem." Eu nunca entendia o porquê não se discutir tais palavras, até porque não há uma verdade absoluta, nem mesmo para estas palavras, então há sim sempre o que discutir e deve-se discutir para que haja aprimoramento, seja este pessoal ou coletivo. Poucos dão conta que tal ditado está encravado na cultura da gestão pública, pois o medo de revés impera nas instituições públicas e interfere na prestação de serviços.

Como não discutir, dialogar, argumentar sobre política, futebol e religião? Será mesmo que tais palavras já possuem seu simbolismo e são imutáveis em suas ações? Será que mesmo o pensar diferente, de “sair da casinha” é proibido? Será que é uma enorme ofensa discorrer sobre política? E sobre futebol? O que dirá da religião? Somos todos iguais quanto ao que se entende por elas? Não somos todos “seres pensantes” passíveis de pensar por nós mesmos? É uma “heresia” pensar diferente? Por que querem manter em segredo ou mesmo hesitarem mudanças? Seria medo do desconhecido? Seria medo de que ao ponderar haverá mais pessoas para apoiar alterações de comportamento frente aos temas aqui inqueridos?

O que mais me chama a atenção nesse ditado é: tanto Futebol, Política quanto Religião tem algo muito em comum: A prática em excesso torna fanatismo, o que sai totalmente da razão e o indivíduo que se torna fanático traz sérios problemas a uma sociedade ou mesmo para o mundo, dependendo de quanto esse fanatismo está intrínseco numa sociedade.

Há muitos casos com fanatismo no futebol, o qual foram motivos de mudanças culturais e de procedimentos na prática desse esporte, um emblemático foi dos Hooligans.

Na Política, o fanatismo mais contundente foi o Nazismo, também similar ao Comunismo e/ou Socialismo, onde seus adeptos não aceitam demais ideologias de vida e de política, o simples fato de haver pessoas contrárias a essas ideologias já é motivo de ódio.

Atualmente, o fanatismo mais representativo na Religião tem sido o Estado Islâmico, que tem deflagrado uma série de assassinatos no Oriente e Ocidente, tudo porque usam o Islamismo como fonte de suas aberrações ideológicas.

Há quem discordará de meus pensamentos aqui comentados, mas esse é o propósito deste livro a discussão e ponderação!

Podemos sim sermos diferentes e eis aí a graça do ser humano: A Diferença! Imaginemos todos iguais, sem pensarmos diferentes sobre algo, mesma cor de roupas, mesmos caminhos a percorrer, mesmos gostos musicais, mesmos projetos arquitetônicos para construções residenciais, comerciais, industriais e demais construções... Imaginemos todos sem criatividade, o que seríamos senão robôs? Teríamos gosto pela vida? Seríamos felizes? Creio que não!

Esse tipo de ditado tem por objetivo a privação do pensamento, da liberdade do indivíduo em ponderar sobre algo, de somente fazer o que mandam porque se não seguirem vem outro ditado: “Manda quem pode, obedece quem tem juízo.” É até engraçado isso, pensando aqui “com meus botões”, tais ditados, pois um segue o outro, como se realmente fossem procedimentos padrão para que todos devam fazer e “ai” daquele que não cumprir!

Há muito o ser humano saiu da “Era das Trevas”, partindo para “O Iluminismo”, ou seja, a era onde o pensamento começou a fluir, iluminando os seres antes somente viventes e passando para seres pensantes. Porém, no geral, não se estimula ou incentiva pensar, pois para quem detém o poder, “quanto mais um povo pensa, pior é governá-lo.” Então se criou a forma de “pão e circo” para o povo, onde se espera que com uma porção de pão e um pouco de entretenimento bastam para saciar “a fome” do povo.

Poucas pessoas compreendem que Política tem muita influência no Serviço Público, principalmente no aspecto desempenho de cada servidor. Sempre ouvia dizer que o Serviço Público tem sérios problemas de empatia; da seriedade profissional, chegando até mesmo ao descaso alheio; da compreensão do que seria o chamado de Servidor Público, a relutância da maioria da população quanto ao respeito ao funcionário público, mas ainda assim, todos os anos há muitos que enfrentam diversos concursos públicos nos mais variados cargos na fuga da vida profissional em organizações privadas com futuro incerto.

O simples fato de pessoas se abdicarem de entender a Política fortalece ainda mais aqueles que querem deter o poder para si, insuflando seus egos ao infinito, na tentativa de eternizarem seus nomes na história, mas será mesmo que são seres dignos de lembrança? Eu discordo de muitos nomes até hoje “endeusados”, porém estes detiveram o poder da oratória, então muitos os seguiam sem ponderarem de fato tais ideais.

E assim venho a ti, caro leitor (a), compartilhar meus pensamentos a respeito desse então célebre e deturpado ditado: “Política, Futebol e Religião não se discutem.” Para mim, há muito que se discutir sobre cada uma destas palavras! Espero que com minhas singelas palavras possam dar mais vontade de expor seus pensamentos sobre o tema para termos um mundo mais vivo, pensante e admirável!

Características

Número de páginas 233
Edição 2 (2016)
Formato A5 (148x210)
Acabamento Brochura c/ orelha
Coloração Colorido
Tipo de papel Offset 90g
Idioma Português

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Fale com o autor

Felipe Marcelo Gonzaga de Carvalho

Bacharel em Administração Geral pela FAEL - Faculdade Educacional da Lapa, Pós Graduado em Gestão Pública pela UFPR - Universidade Federal do Paraná, casado, pai de 2 filhos, natural de Porto União/SC, servidor público municipal em Lapa/PR, atuou como Diretor do Departamento de Habitação e Urbanismo na Prefeitura de Lapa/PR - Gestão 2013/2016.

Comentários

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1 comentários
bbbbb
Quinta | 11.10.2018 às 19h10
A fael é comunista porque só fica defendendo marx e paulo freire em seus livros. Se você falar que o haddad quer fazer o brasil virar uma venezuela, a fael te ameaça por e-mail, como me ameaçaram hoje. Eu sou aluno da fael. Vejam o que haddad quer fazer com o brasil: https://www.youtube.com/watch?v=ZqD9gPc5yxE