Diversas mudanças ambientais vêm ocorrendo na sociedade oriundas da globalização, percebendo assima necessidade de serem trabalhadas essas mudanças vem ocorrendo então diversas conferências mundiais a respeito do desenvolvimento sustentável (DS), tais como Estocolmo em 1972, Eco-92, Rio+10, Rio+20 e as COPs Conferências das Partes, onde abordam temas a respeito desses problemas na tentativa de propor melhorias através da aprovação de diretrizes e metas, visando o DS (VASCONCELOS; CONCEIÇÃO; FREITAS, 2012). No conceito DS ainda há muito a ser discutido e trabalhado, pois em alguns casos pode soar contraditório para muitos ainda, pois une os termos “desenvolvimento” e “sustentabilidade” e não possui de fato um conceito concreto, porém em sua essência de acordo com Romeiro (2012) a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento em 1991 definiu o tema como, a procura da sociedade atender os déficits e aspirações da atualidade de forma que não comprometa a geração futura de satisfazer as suas próprias.
De acordo com os autores Brasil (1997); Mattos (2008); Piga; Mansano (2015), os problemas ambientais passaram a ganhar maior notoriedade, há movimentos ambientalistas, e desde a implantação da educação ambiental na legislação, o tema vem tomando proporções maiores, sendo discutido em congressos e conferências como os eventos supracitados, e as leis começaram a ser aprovadas a respeito da educação ambiental, alguns países começaram a se mobilizar frente as questões ambientais.
Somente em 1987 de acordo com Cmmad (1991); Moura (2012); Severo; Guimarães (2014) o termo DS foi criado no relatório de Brundtland, pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e o desenvolvimento (CMMAD), sendo marcado como um dos principais relatórios, objetivando possibilitar maior conservação e uso racional dos recursos naturais, permitindo um crescimento racional com mudanças de qualidade e maior satisfação das necessidades essenciais como energia, água, emprego, saneamento básico, alimento e garantia de um nível sustentável da população. De acordo com Brasil (1997) faz-se necessário também a busca por ideias inovadoras e alternativas de minimização da exploração dos recursos naturais a partir de projetos coletivos, mobilização de alunos na escola através de práticas sustentáveis, bem como a divulgação do conhecimento científico a respeito da sustentabilidade como um eixo transversal
para ser trabalhado em sala de aula de forma que permita maior sensibilização dos alunos visualizando, compreendendo e procurando desenvolver possíveis soluções a respeito dos problemas relacionadas as necessidades essenciais citada anteriormente. Assim há necessidade de integrar mais a sociedade sobre esse assunto, e é de fato necessária a preocupação e a sensibilização da mesma frente ao DS, através da inserção da educação científica (FOUREZ, 1995; MOURA, 2012). Sendo necessário assim, se atentar para a necessidade de cuidar do bem estar social, econômico e ambiental, para que seja adquiridas condições de vida adequada à sociedade a partir do exercício da cidadania, tendo como base um maior acesso a informação relacionando a ciência e sociedade de maneira que tenha ao menos garantia de que as necessidades básicas sejam adquiridas (VEIGA, 2005; OLIVEIRA, 2013).
Há algum tempo vem-se discutindo a respeito da questão ambiental no Brasil bem como, sobre a relevância da educação científica para melhoria na qualidade de vida, essa qualidade é marcada por inúmeras definições, incluindo fatores relacionados à saúde, bem-estar físico e emocional, porém estão ligadas diretamente se as condições sociais e econômicas estão sendo atendidas por meio das políticas publicas, permitindo a satisfação
ou não da sociedade, visando à educação como ponto de partida para qualquer mudança social (BRASIL, 1997; ROITMAN, 2007; PEREIRA; TEIXEIRA; SANTOS, 2012; GUSMÃO, 2015).
É importante destacar a relevância da educação científica para a população,a ampliação da percepção sobre a própria qualidade de vida e possuem maior criticidade a partir do conhecimento a cerca de suas ações no meio ambiente, tornando os indivíduos mais críticos, informados e assim, mais capacitados para resolver os problemas presentes na sociedade. Para atingir essa almejada qualidade de vida é necessário o acesso a informação, esse vai assim desde o saber ler e interpretar um rótulo de embalagens, a compreender o motivo de necessitar manter hábitos saudáveis de higiene, até a lutar e exigir por seus direitos como cidadão dentro de uma sociedade (WERTHEIN; CUNHA, 2005; DEMO, 2010; OLIVEIRA, 2013).
Partindo desse pressuposto, o sujeito passa a ser pensante e atuante nas decisões da sociedade e das suas próprias, isso faz com que, a partir do momento que o indivíduo conhece a proposta do DS, passe a entender melhor o contexto e a gravidade dos problemas relacionados ao meio ambiente compreendendo que a relação não é estritamente ambiental, mas também socioeconômica (ROMEIRO, 2012). Dessa forma percebe-se a falta de informação como um dos principais problemas atualmente, pois a sociedade
continua assim a sofrer com problemas como a fome, a crise, violência, a desigualdade social, onde está ligado diretamente com o agravo na saúde da população, entre outras questões que podem ser amenizadas se a sociedade passar a ter um maior acesso a esse conhecimento de qualidade através da educação científica (SEN, 2010; ALMEIDA; JESUS, 2013).
A educação científica vem então a ser um ponto crucial, a qual permite levar um conhecimento mais sólido e preciso para a sociedade, permitindo alfabetizá-la cientificamente, nesse sentido possibilitando maior acesso a informações relevantes passando a ter um pensamento crítico e inteira capacidade de realizar mudanças significativas frente a tomadas de decisões conscientes, sobre assuntos que envolvam o DS e outros temas relevantes dos contextos, tanto social, como econômico, político e ambiental (VASCONCELOS; CONCEIÇÃO; FREITAS, 2012; CAMARGO, 2013).
Dessa maneira, é possível afirmar que é necessário educar cientificamente em sentido amplo, para que os indivíduos sejam portadores de uma formação que possa instrumentalizá-los ao longo de sua vida, adquirindo uma postura autônoma, consoante com os anseios da sociedade, permitindo uma elevação na qualidade de vida. Contudo, para isso, a educação científica precisa abranger todos os níveis e modalidades de ensino, sendo este um
requisito da democracia e do DS (DEMO, 2010; AMOEDO; MELO; MODA; TERÁN; SOUZA, 2016).
Todos esses argumentos mostram a importância deste estudo a respeito da relação entre o DS e a educação científica, ambas promovendo a da melhoria da qualidade de vida, através do maior acesso a informação levando responsabilidade para com o futuro ambientalmente sadio do mundo e das pessoas (VEIGA, 2005; MOURA, 2012).
Assim é de extrema importância analisar o contexto histórico a cerca do DS, para uma melhor compreensão sobre o mesmo, assim como, sobre a contribuição da educação científica para a sociedade. Nessa perspectiva, esse trabalho tem como principal objetivo analisar como o DS, através da educação científica, permite uma melhoria na qualidade de vida da sociedade como um todo.
Segue ainda com os objetivos específicos de analisar as pesquisas brasileiras de 1997 a 2017 sobre DS, descrever as principais legislações vigentes no Brasil criadas para garantir o DS, identificar os marcos históricos a partir dessa análise bibliográfica, entender conceitos a respeito da educação científica e do DS, e analisar a relação entre ambos, compreender a importância de trabalhar a educação científica no âmbito social, cultural e
biológico, compreendendo a interação entre meio ambiente e a qualidade de vida.
ISBN | 978-85-569-7881-3 |
Número de páginas | 88 |
Edição | 1 (2019) |
Formato | A4 (210x297) |
Acabamento | Brochura s/ orelha |
Tipo de papel | Offset 80g |
Idioma | Português |
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