“Enquanto caminhava pelo viaduto, ao voltar do mercado, viu um rato saindo de uma rachadura no meio da calçada, era como se o rato tivesse nascido das entranhas do asfalto cinzento. Assustado, o animal ligeiro foi para o meio-fio e se enfiou desaparecendo no vão sombrio de um bueiro. A superfície era perigosa.”
“O ESCURO SOBE AS ESCADAS”, conta a história de Jorge Lobo, paulistano, de 35 anos, que sonha em se tornar escritor. Ele mora sozinho no terceiro e último andar de um prédio antigo, sem elevador, no bairro da Bela Vista. O clima violento da cidade tem se intensificado cada vez mais e Jorge, enquanto divertia-se com amigos e a namorada no samba do Bixiga, acaba por ter o apartamento invadido e furtado. Jorge é de classe média, desempregado, vive à custa do pai, Wilson Lobo, que é de ideologia completamente avessa a do filho. Após a invasão, Jorge acaba por ficar temeroso, cheio de receios, teme que os bandidos voltem para roubar mais, passa a ter pesadelos, mania de perseguição, delírios. Angustiado, sente-se ameaçado por alguma força obscura, a sensação de que algo no escuro, a cada dia, chega mais perto. Mas o que mais lhe afligi, o drama de todo escritor, é a dificuldade de encontrar algo para escrever.
Um livro sobre tormentos psíquicos, medos, cicatrizes esquecidas, que voltam para testar até onde o escuro é capaz de galgar, sorrateiro, e alojar-se no coração humano.
ISBN | 978-65-266-3191-1 |
Número de páginas | 162 |
Edição | 1 (2024) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Ahuesado 80g |
Idioma | Português |
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