Vanessa, filha única e de pais separados, morava com a mãe quando com quatorze anos de idade engravida de um namorado da sua genitora. Vanessa, com medo da reação da mãe em saber que fora traída pela própria filha, nega saber quem era o causador de sua gravidez, passando à sua mãe a falsa impressão de que ela, a filha, relacionava-se com mais de uma pessoa.
Vânia, mãe de Vanessa, ao descobrir que Cristiano, seu namorado, era o pai da criança que sua filha estava esperando, em conversa com ele ameaçou contar tudo ao pai de Vanessa, um figurão importante, caso ele Cristiano não desaparecesse da vida delas duas. E em conversa com a filha, Vânia a fez acreditar que o melhor que fariam quando a criança nascesse, era deixar a mesma na porta de alguém para que este alguém a criasse. E assim foi feito...
Simeão, garoto de oito anos de idade, abandonado pela mãe, quando recém-nascido, na porta de um casal de alcoólatras que morava em uma favela amazonense, sofria duros castigos. Até que um certo dia quando corria do “pai” que queria surrá-lo, perde-se na floresta não conseguindo mais voltar para casa. Quanto mais o garoto andava, pensando estar no caminho que lhe levaria de volta à sua casa, mais se embrenhava na floresta.
Simeão, enquanto ainda era dia, chorava. Começando a escurecer, calava-se com medo dos animais da floresta. O garoto, com medo das feras da mata, dormia na copa das árvores. Durante o dia aumentava a distância entre ele e a civilização. Como a floresta era rica em árvores frutíferas, ele alimentava-se dos frutos das mesmas.
Os pais adotivos de Simeão, dias depois quando viram que o garoto não aparecia, foram às autoridades comunicar o seu desaparecimento. O delegado fez pouco caso, pois os pais do garoto como já eram velhos conhecidos dele, levou-o a crer que onde o garoto estivesse, estava bem melhor do que morando debaixo do mesmo teto que aqueles dois.
Dias depois, Simeão, à beira da morte, foi encontrado por um grupo de caçadores indígenas, que o levaram para a aldeia em que moravam.
O chefe da tribo, que atendia pelo nome de Grande Urso, pede ajuda do curandeiro da tribo, na esperança de salvar a vida daquele garoto que poderia substituir, no seu coração, o lugar do pequeno Uirapuru, seu filho, que morreu vítima do ataque de um leopardo.
Simeão conseguiu sobreviver e foi adotado por grande urso como sendo seu filho, inclusive sendo chamado pelo povo indígena de Espírito que Anda.
Vanessa, mãe de Simeão, já adulta, fazendo um trabalho de faculdade, sobre mães solteiras, em uma favela, por coincidência ou não, é conduzida a uma casa em frente à em que ela há alguns anos atrás havia deixado ali o seu bebê. E ela a reconhece. Naquele dia Vanessa saiu dali levando consigo a foto de uma festa de aniversário da garota que ela entrevistara e que na mesma encontrava-se um garoto que tinha na mão direita dois dedos a mais. A criança chamava-se Simeão: seu filho.
Vanessa, daquele dia em diante passou a ter pesadelos, acordava várias vezes na noite ouvindo um garoto chorando e chamando por mamãe.
Vanessa conhece um padre que é a única pessoa que consegue lhe trazer um pouco de paz espiritual e tranqüilidade.
Vânia, mãe de Vanessa, sofrera um acidente no banheiro de casa e agora vivia em uma cadeira de rodas sob os cuidados da filha.
Simeão, já rapaz, ainda entre os índios, tem um encontro com Deus que lhe diz o que queria dele. Simeão recebe do Todo Poderoso, que era chamado pelos índios de O Grande Espírito, os dons da cura e da palavra.
Simeão vive entre os índios até Grande Urso, chefe da tribo, fazer a grande viagem e ir juntar-se à Lírio Branco, sua esposa, e Uirapuru, seu filho.
Vanessa, após formada, foi exercer sua profissão em um pequeno povoado próximo a Manaus, e lá, encontra-se com o mesmo padre seu amigo que tinha sido transferido, antes que ela e sua mãe fossem para lá. Vanessa ficou muito alegre ao encontrar ali o amigo padre.
Simeão, deixando a aldeia para ir fazer a vontade de Deus, sobe ao rio em uma canoa seis dias de viagem, chegando a um povoado no início da noite. Ao dirigir-se ao centro do povoado, é levado a entrar em uma igreja onde um padre fazia uma celebração para alguns fiéis.
Terminada a celebração o padre aproxima-se de Simeão e em conversa com este sabe que ele estava ali à procura de emprego. O padre dizendo precisar de um jardineiro, o leva para sua casa, lhe dar roupas, calçados, e o convida a sentar-se com ele à mesa para jantar.
Durante a refeição, o padre nota dois dedos a mais na mão direita do jovem meio índio. E perguntando o seu nome, quase cai da cadeira ao ouvi-lo dizer Simeão.
O padre, que conhecia Vanessa e Vânia, tinha agora à sua frente a peça que faltava para a felicidade de suas duas amigas.
Simeão dar-se a conhecer primeiro à sua avó, Vânia, a qual lhe devolve a saúde livrando-a da cadeira de rodas. Dias depois Vanessa pode, enfim, após pedir perdão ao filho, tê-lo entre os braços.
Dias depois Simeão despede-se de sua mãe, de sua avó, do padre Salomão, e de todos do povoado para ir a uma missão ao continente africano, prometendo voltar em breve para vê-los.
Número de páginas | 284 |
Edição | 1 (2014) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura |
Tipo de papel | Offset 80g |
Idioma | Português |
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