“Impossível Inevitável", marca uma outra faceta ousada e
inovadora de sua poesia, sem que disso resulte um já poeirento
vanguardismo - mas um compromisso com a liberdade. Assim,
assinala o encontro entre a poesia e o ideal revolucionário, no
esteio da Primavera Árabe que derruba ditaduras e traz de volta
a esperança a milhares de corações oprimidos desde que se
anunciou, com o fim das ditaduras socialistas, o fracasso de
toda tentativa passada e futura de construir um mundo melhor.
Porém, a poesia aqui presente é, antes de tudo, uma celebração
da sensibilidade e da criação que não se deixa dominar por
nenhum servilismo, nem se limita a um fácil desprezo pela força
transformada que tem a poesia como diálogo e como política,
sem confundir forma e conteúdo e tampouco separá-los. Para o
autor: “o desafio, para o poeta, e também para o artista em geral,
hoje, a meu ver, é estabelecer a difícil ponte sobre o abismo da
indigência de nosso mundo decadente.Uma ponte que ligue a ou-
sadia da criação artística ao diálogo com gente que está nas lutas
do cotidiano, por mais comuns que sejam. Poesia não pode ser
panfleto, sempre se diz. Concordo, desde que se lembre, também,
que não pode ser uma coisa de especialistas. Essa ponte é extre-
mamente frágil e nunca será duradoura sobre os tênues pilares da
estética. Serão precisos os tijolos da revolução, que começam a
serem cozidos hoje, a todo tempo e em qualquer lugar onde se
tenha a ousadia de querer um mundo pleno de poesia”.
ISBN | 978-85-911121-2-8 |
Número de páginas | 205 |
Edição | 1 (2012) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 90g |
Idioma | Português |
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