De certa forma, minha guerreira de bronze é em grande parte biográfica, e faz parte de uma saga familiar em andamento, mas é também lírica e poética. Nos meus contos, costumo usar alguns nomes reais, mas em outros casos achei melhor apenas usar denominações semelhantes aos seus, ou completos pseudônimos. Mas, por uma questão de genealogia, sempre que possível incluo um sobrenome materno, quando o conheço, antes do sobrenome paterno e, às vezes, o sobrenome de casamento no fim, como é costume em algumas partes do mundo.
Afirmo que todos os que foram mencionados neste livro realmente viveram, incluindo aqueles a quem dei qualidades ou falhas mitológicas e sobre os quais escrevi apenas em termos líricos. Achei prudente substituir alguns nomes por nomes semelhantes, geralmente mantendo as iniciais, quando imaginei que certas pessoas não gostariam de ver seus nomes
impressos, como no caso de minha família imediata. Também preferi modificar nomes de meus antigos relacionamentos gregos.
Embora os relatos neste livro sejam reais, sei que algumas vezes as histórias que conto parecem bastante intrigantes e estranhas. Algumas delas foram estranhas para mim também. Nós, quer dizer, minha família imediata, vivemos vidas que alternaram períodos de divina paz, geralmente dentro do nosso próprio círculo, e de consternação infernal, quase sempre provocada por pessoas de fora de nossa família. E experimentamos emoções desde a felicidade e satisfação total até os opostos de horror, medo e miséria, sempre como resultado de tormento externo. Não sei se o mesmo poderia ser dito da maioria das famílias, mas duvido.
Ficará claro, então, por que eu precisei morar em um país como a Inglaterra, onde a sequência da maioria dos dias é bastante previsível. Nesta ilha do norte, os planos de longo prazo são concretizados sem muito atraso, geralmente como um relógio. E eu acho que é maravilhoso. No Brasil, os planos são ignorados, os compromissos não são cumpridos, os sonhos são ridicularizados e os sonhadores apedrejados. Muito ainda precisa mudar para que as pessoas possam viver naquele bonito país sem medo.
Número de páginas | 452 |
Edição | 1 (2021) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 80g |
Idioma | Português |
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