Este livro investiga um dos temas mais paradoxais do cristianismo primitivo: a ambígua fronteira entre o martírio e a morte voluntária.
Partindo das reflexões de Santo Agostinho, Alexandre H. Reis mostra como a tradição cristã tentou distinguir o martírio — exaltado como imitação de Cristo e testemunho de fé — do suicídio, condenado como pecado mortal. Essa distinção, porém, revela-se instável, abrindo brechas que expõem o núcleo contraditório da moral cristã: glorifica-se a morte voluntária quando serve à Igreja, mas amaldiçoa-se quando nasce da dor individual.
O autor analisa sermões, tratados e relatos antigos (como os Acta Martyrum Christianorum) para demonstrar como essas narrativas foram moldadas, normatizadas e usadas como exempla, mais do que simples registros históricos. O resultado é uma reflexão filosófico-teológica que coloca em xeque a própria coerência da tradição cristã diante da morte.
Um livro destinado a filósofos, historiadores, teólogos e a todos que se interessam pelos limites entre fé, liberdade e morte voluntária.
ISBN | 9798265512703 |
Número de páginas | 167 |
Edição | 1 (2025) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Estucado Mate 90g |
Idioma | Português |
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