Não, eu não era cínico, estava realmente transtornado pelo que eu havia feito, mas sabia que Eliza repousava viva... Mas, na relva fria... Entretanto com o avançar do dia, a relva esquentava e mantinha a temperatura dela, salvando-lhe a vida...
Os óculos escuros me protegiam do sol e da curiosidade pelos meus olhos vermelhos, o gorro preto, o cachecol de lã e o pesado casaco de pele de castor me habilitavam para a procura, mas eu não podia achá-la, esse feito teria que ser alcançado por um morador... Mais uma vez nestes quinze dias, eu abracei Marjorie...
A minha aparência testemunhava meus vinte e três anos que ludibriavam os trezentos que eu já tinha... Eu não tinha desejo por aquela mulher, mas impetuosamente eu a queria proteger... Talvez de mim mesmo... Marjorie estava sem forças e parara de chorar... Daquele jeito deixava de ser a mulher independente e se tornava a mãe amorosa que não podia pensar em perder o seu único elo com a vida...
Lobos e homens se precipitavam pela mata de árvores altas, até que passada duas a três horas se escutou um tiro... Elizabete tinha sido encontrada... Envolveram-na em uma manta de peles, a colocaram em uma carroça com estilo de um trenó puxado por cães e lobos e a trouxeram para casa, muito debilitada ela dormia e em seu vestido repousava um filete de sangue coagulado, congelado...
A vasta cabeleira negra escondia os furos que meus dentes fizeram cautelosamente em seu branco e jovem pescoço.
Número de páginas | 149 |
Edição | 1 (2011) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Argolado |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 80g |
Idioma | Português |
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