BUSCA

Celso Almeida escreve o livro “Busca” em que reúne uma criação muito rica de poemas que abrangem a vastidão da alma de todo bom poeta. Os 56 poemas do livro transitam pelos sentimentos da alma de alguém que fala do Amor, se embala no romantismo, cúmplice da lua, e sofre com a saudade e a solidão, elementos onipresentes em vários textos do livro. Ao dedicar um acróstico à CAMBADA, grupo de amigos corredores, a tensão se alivia e a poesia fica bem divertida, porque, logo em seguida, vêm uma análise sobre as mulheres e a necessidade delas por flores, para voltar a uma melancolia saudosa do irmão ausente, da necessidade da amizade na vida e, na sequência, partir para uma série de importantes conselhos de vida. Antes de se focar em vários aspectos filosóficos, Celso analisa o comportamento do entorno – São Paulo – inclusive o seu lado social, ressalta a crueldade do comportamento humano na cidade, mas permeia um pouco de alegria com a menção de um importante palhaço. A filosofia não passa despercebida pelos versos analíticos da maioria de seus poemas, embora, em determinado momento, se debruce mais intensamente sobre ela como tema de sua poesia. Nem a relação com o pai se escapa, reclame da ausência, do poder ter sido que não foi. Poeta ama outros poetas, ama Tom e Vinícius, ressalta a poesia como tal e os vê como o escape da tristeza. Busca é um livro que sabe enfocar os medos e as crenças, a relação religiosa do ser humano com Deus, faz perguntas ao Porquê e mostra que necessário ter coragem na vida para superar a todos os percalços.