Contos de amor, dotados de lirismo, combinando com narrativas de humor, como a que narra as aventuras do desventurado Abacílio e as fantasias do falastrão Quico, que bem merece o apelido de Lorota. Alguns contos são frutos de fantasias, como o da mulher do gás, outros são fruto da vivência pessoal, quase autobiográficos como "História de frio e de fome" e "O espírito... de porco". "Vida dupla" com seu toque erótico foi resultado de um sonho que o escritor teve e registrou em seguida, acrescentando seu estilo, seu jeito de contar. Assim também agiu ao registrar os casos que ouviu de amigos e conhecidos das várias cidades em que viveu: Santa Bárbara, Belo Horizonte, São Paulo, Igaratá, Rio de Janeiro, Araruama e Arraial do Cabo.
Agora, história interessante ocorreu com "Bilita" e o próprio Geraldo nos conta:
"Eu estava escrevendo uma peça de teatro que se passava no interior de Minas. Muito antes de terminar, pedi a minha filha que lesse. Após a leitura, ela comentou que era um conto interessante. Fiquei triste, não era para ser conto. Ela deve ter se enganado, pensei. Levei, então, o texto para um especialista, meu amigo Medina que dava aulas na USP sobre teatro grego. Enquanto lia, Medina elogiava dizendo que fazia lembrar Guimarães Rosa. Aquilo me fez ir às nuvens, ainda estava me elevando, quando ele concluiu: 'Está muito bonito, mas não é teatro'. Despenquei como um sapo e me arrebentei na pedra dura da realidade."
Por isso, rasgou e conservou apenas esse monólogo de uma personagem da peça.
Número de páginas | 190 |
Edição | 1 (2015) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 80g |
Idioma | Português |
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