Zaccarath poderia ser considerado um poema em prosa, em detrimento da classificação ‘conto’. A linguagem é mais poética do que necessariamente narrativa: apesar das ricas descrições, o texto transpira lirismo – como se o autor desejasse, ao invés de contar, cantar a história. As imagens são carregadas de brilho, movimento, sonoridade e vibração, os personagens sendo projetados do interior de um passado imutável para um futuro que – paradoxalmente – permanece antigo no âmbito do tempo presente, pertencente ao narrador.
A glória e a pujança da velha cidade estão irremediavelmente perdidas, mas os verbos ilustrativos utilizados revelam-se no presente direto da ação, e então o leitor se pergunta: “Existirá ainda? Ou já não existe Zaccarath?” Em virtude de três ou quatro pequenos fragmentos seus que restaram, Zaccarath é imortalizada. Sensitivos da matéria buscando, nas profundezas da alma onisciente do átomo, a recordação.
Número de páginas | 84 |
Edição | 1 (2011) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 80g |
Idioma | Português |
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