A obra "Versos Indecentes" do autor Kayo Gheno traz como eixo norteador de quase todos os poemas este sentimento difícil de ser definido, mas fácil de ser experimentado chamado de AMOR. Sabemos que o amor tem se tornado um importante tema de pesquisa em Diversas áreas e, também, nas neurociências, principalmente após a introdução da ressonância magnética funcional e da tomografia por
emissão de pósitrons. Os neurocientistas têm demonstrado crescente interesse em melhor compreender a neurobiologia e a neuroquímica das emoções mais complexas e difíceis de serem definidas, conceituadas e caracterizadas. Portanto, o interesse é crescente neste sentimento famoso já muito cantado em prosa e verso no mundo todo e aqui nesta obra carinhosamente e propositadamente chamado de "indecente". O amor não parece ter nada de indecente. O amor não é inadequado, incoerente ou impróprio. Indecente talvez seja a falta de amor! Indecente é o abuso em nome do amor! Indecente é a violência de gênero em nome do amor! Indecente talvez seja não poder experimentar as dores e as delícias de se conhecer este sentimento traduzido de diversas maneiras, de diferentes formas e em diferentes direções. Enquanto os poetas parecem entender que as sensações de
amor podem ser mais intensas do que o desejado (por exemplo, após um rompimento de relacionamento) ou menos intensas do que o desejado (por exemplo, em um relacionamento conjugal de longo prazo ou na vigência de uma disfunção sexual), existem pesquisadores
comportamentais que defendem que o amor pode ser "controlável" através da regulação explícita do uso de estratégias comportamentais e cognitivas para mudar a intensidade dos sentimentos atuais de amor romântico. Será de fato que controlamos o amor? Ahhh o amor ...esta força psíquica capaz de se converter em uma condição real de adoecimento e de conflito, tão abundantemente demonstrada pela literatura médica e jurídica contemporânea devido as suas interfaces na questão da promoção de saúde e da proteção de direitos das pessoas envolvidas. Na verdade, essa parece ser uma natureza dual deste sentimento chamado amor, pois é capaz de promover maravilhas transformadoras na vida das pessoas como também atitudes nocivas ou destrutivas. Por isso, desejo que "não indecentemente" seja a nossa busca por descobrir, compreender e ampliar as nossas interações
humanas amorosas e sexuais de forma respeitosa, inclusiva e, sobretudo, ética na jornada acadêmica da "escola do amor". Isto mesmo! Eu disse escola do amor, pois somos todos aprendizes neste contexto. Alguns destes desafios de aprendizagem estão representados nos versos desta obra, a qual promete "prender" o leitor e o convida a deixar- se levar pelos espaços por vezes sensuais, por vezes românticas, por vezes libidinosos, por vezes ingênuo, por vezes ostálgico, por vezes desejante que o autor nos conduz. ( Alessandra Dielh)
Número de páginas | 74 |
Edição | 1 (2020) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Estucado Mate 90g |
Idioma | Português |
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