Rendeira é o nome de uma herdade no coração do Alentejo central local preferido de minhas brincadeiras de infância e adolescência passada em aldeia de Mares, nome que lhe foi dado por nalgumas zonas da freguesia que confina com a freguesia de Reguengos de Monsaraz às Serras existisse abundância de água ou nascentes essa zona próxima à herdade da Rendeira eram também terrenos dos meus antepassados paternos. Na altura não se bebia praticamente água engarrafada de supermercado ou café, pois a água potável era dessas nascentes e fontes que abundavam. Rendeira cujo nome deu o título a este livro era o local preferido de passeios e brincadeiras com amigos na minha infância e adolescência antes de ir para o seminário de Vila Viçosa nos anos 80 do século passado. A rendeira era local de descoberta no meio ambiente e de mim próprio pois é nessa fase que começam a aparecer os pintelhos e em que se dá a mudança de voz de criança para adulto, as minhas descobertas passavam por ver a transformação dos girinos em rãs e dos pássaros feios com penugens a bonitos pintassilgos ou picanços reais. Rendeira era tudo o que significava liberdade, significava o correr do riacho apanhando a maresia de uma manha de primavera ou as águas meio estagnadas dos pegos onde se viam salamandras de água, pardelhas, galinholas e patos bravos.
Número de páginas | 51 |
Edição | 1 (2025) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Ahuesado 80g |
Idioma | Português |
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