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Rendeira

Por Vítor Pisco

Código do livro: 870710

Categorias

Memórias Pessoais, Cultura Popular, Criatividade, Aventura, Amor E Romance, Natureza, Literatura Infanto Juvenil, Ficção e Romance, Ficção, Biografia

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Sinopse

Rendeira é o nome de uma herdade no coração do Alentejo central local preferido de minhas brincadeiras de infância e adolescência passada em aldeia de Mares, nome que lhe foi dado por nalgumas zonas da freguesia que confina com a freguesia de Reguengos de Monsaraz às Serras existisse abundância de água ou nascentes essa zona próxima à herdade da Rendeira eram também terrenos dos meus antepassados paternos. Na altura não se bebia praticamente água engarrafada de supermercado ou café, pois a água potável era dessas nascentes e fontes que abundavam. Rendeira cujo nome deu o título a este livro era o local preferido de passeios e brincadeiras com amigos na minha infância e adolescência antes de ir para o seminário de Vila Viçosa nos anos 80 do século passado. A rendeira era local de descoberta no meio ambiente e de mim próprio pois é nessa fase que começam a aparecer os pintelhos e em que se dá a mudança de voz de criança para adulto, as minhas descobertas passavam por ver a transformação dos girinos em rãs e dos pássaros feios com penugens a bonitos pintassilgos ou picanços reais. Rendeira era tudo o que significava liberdade, significava o correr do riacho apanhando a maresia de uma manha de primavera ou as águas meio estagnadas dos pegos onde se viam salamandras de água, pardelhas, galinholas e patos bravos.

Características

Número de páginas 51
Edição 1 (2025)
Formato A5 (148x210)
Acabamento Brochura c/ orelha
Coloração Preto e branco
Tipo de papel Ahuesado 80g
Idioma Português

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Vítor Pisco

Escolhi um projecto que realce a região onde resido, dando a conhecer através de uma forma de expressão que é a poesia, toda uma vivência, história, tradições, trabalhos, etnografia e cultura de um povo que é o povo Alentejano. Realço ainda que participei alguns anos no grupo de poetas populares do Concelho do Alandroal, onde aqui prima pela singularidade e beleza de uma tradição que tem a ver com o canto das décimas*, zona também considerada de transição entre os cantes do baixo Alentejo e as saias do Alto Alentejo, tendo a sua expressão mais significativa em terras como Estremoz e Redondo. Facto curioso é que segundo o P. António Marvão a salmodia do canto alentejano teve a sua origem ou a sua adaptação na Vila de Serpa no século XV, quando para ali vieram os frades da serra de Ossa, ali fundaram «escolas de canto popular».

Muitos foram os escritores, artistas, musicólogos e historiadores que estudaram e escreveram sobre o canto popular alentejano, de entre eles destaco o mestre Lopes Graça, P. António Marvão e Michel Giacometti. A origem discute-se entre a árabe, italiana, eslava, berbere, tese litúrgica, onde se encontram vestígios do Fabordão, polifonia arcaica dos séculos XV E XVI. Como já referi discute-se ainda a relação mais ou menos relevante com o canto actual, também ele sofrendo alterações ao longo dos anos. Este saiu do recalcamento do canto polifónico com o Fabordão, e assim foi transformado nesta polifonia rudimentar que hoje conhecemos, tendo tanto um sabor religioso como profano. O canto genuíno alentejano terá vindo de Serpa e assim passado às outras terras, no entanto é em Serpa, Pias e Castro Verde que se mantêm os traços mais genuínos. Ao realçar o canto alentejano pretendo também ficar toda a tradição de um povo, que nos dias de hoje se pode oferecer como uma cultura de excelência a nível mundial sendo uma mais valia para a valorização da nossa cultura usos e costumes, e poder assim também a através deste projecto transmitir estes conhecimentos as gerações mais novas. Algumas de minhas poesias são também uma fusão entre a poesia e a musica alentejana daí esta nota introdutória.

Nasci em Santiago Maior em 1972, Alentejo e o gosto pela poesia nasceu de conhecer alguns dos poemas de meus avôs que eram dois poetas populares da região de Santiago Maior, concelho do Alandroal. Através dai nasce a curiosidade já na adolescência de começar a escrever décimas populares.

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