O telejornalismo ambiental é analisado nesta obra de forma didática e sem monotonia. Acalenta o incômodo de quem admite a existência de estratégias (ou estratagemas?) de produção de matérias que visam garantir a adesão do telespectador ao que está sendo veiculado.
Roland Barthes, na obra Aula, referiu-se a essas inquietações no que se refere à realidade material do discurso: “Inquietação por sentir nessa atividade cotidiana e banal, porém, poderes e perigos que sequer adivinhamos”. O autor não se referia a um discurso específico, mas a qualquer um, inclusive ao que ele próprio proferia. Pedimos licença por evocar a citação de Barthes no sentido de particularizar e, ao mesmo tempo, alertar sobre o discurso jornalístico, cujos interditos – quando percebidos - alertam e intimam à cautela no momento da interpretação.
Sobre os discursos do telejornalismo ambiental, à guisa de comparação, recorremos novamente a Barthes, no momento em que se referiu à palavra dos loucos, que “quando era ouvida, adivinhava-se nela uma razão crédula ou sutil, uma razão mais razoável do que a das pessoas razoáveis...”. Todavia, essa credibilidade consentida aos loucos de Barthes deve ser observada com ressalvas. “É preciso investigar o que é dito e porque é que isso é dito!”.
Barthes nos consola, lembrando que o interlocutor passou a ser mais cauteloso ao interpretar discursos: “a palavra de um louco (e para nós o telejornalismo ambiental) já nos coloca de sobreaviso, já nos induz a procurar nela um sentido, o esboço ou as ruínas de uma obra, e que somos capazes de a surpreender...”
Além da mensagem, outros elementos da comunicação são abordados nesta publicação, confirmando o que preconizou Harold Lasswell, em 1948. O sociólogo afirmou que o estudo científico do processo comunicativo tende a concentrar-se em uma ou outra dessas interrogações: “quem, diz o que, para quem, através de qual canal, com que efeito?”. Não fomos exceção. Este livro circula por todos os questionamentos de Lasswell, mas se detém um pouco mais nas reflexões sobre a relação entre emissor e receptor. Onde começa a emissão e onde termina? O receptor pode ser ao mesmo tempo emissor? Além das respostas a essas perguntas, apresentamos um modelo particular de análise de notícias voltado para o jornalismo ambiental com aplicação prática de exemplo!
Surpreenda-se!
ISBN | 9786589972181 |
Número de páginas | 206 |
Edição | 1 (2021) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 80g |
Idioma | Português |
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