“O Lobo: Manifesto Subversivo” não é um livro que se deixa enquadrar facilmente. Ao abri-lo, o leitor se depara não apenas com uma narrativa, mas com um gesto de insubmissão – um texto que ruge, fere e, sobretudo, convoca. Não se trata de mera literatura policial, nem de ensaio político travestido de ficção. É, antes, um híbrido inquietante que se move entre denúncia e poesia sombria, entre memória e invenção, entre relato cru e metáfora sangrada.
O autor não escreve para confortar. Sua prosa é uma lâmina que corta certezas e um espelho que devolve imagens incômodas. Aqui, as estruturas que sustentam a ordem social – Estado, polícia, justiça, religião – não surgem como abstrações, mas como corpos expostos, ossos fraturados, cicatrizes que falam. O “manifesto” que dá nome à obra não é panfleto; é testamento e profecia, ao mesmo tempo íntimo e coletivo.
Há momentos em que a leitura parece um mergulho em uma crônica policial realista, e outros em que o texto se abre em símbolos, metáforas e silêncios – como se a língua fosse insuficiente para conter a dor e a fúria. É nesse jogo de vozes e apagamentos que se revela a força literária de “O Lobo”. O livro inquieta porque é, ele próprio, um ato de resistência estética e política.
Ao leitor que ousar entrar nestas páginas, uma advertência: não espere linearidade, tampouco soluções fáceis. O que encontrará é uma experiência visceral, feita para arranhar as superfícies lisas do senso comum e obrigar o olhar a atravessar as sombras.
Número de páginas | 254 |
Edição | 1 (2025) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Colorido |
Tipo de papel | Offset 80g |
Idioma | Português |
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