Todos nós já sentimos isso. A conversa desgastante com alguém que distorce as nossas palavras até questionarmos a nossa própria memória. O medo de entrar num local de trabalho onde a intimidação substitui a colaboração e o silêncio se torna mais seguro do que a honestidade. A frustração de ver políticos mentirem abertamente, sabendo que a verdade está a ser substituída pelo espetáculo, enquanto as instituições destinadas a proteger-nos enfraquecem sob pressão.
Chamamos a estas situações de tóxicas porque nos deixam diminuídos, impotentes e inseguros de nós mesmos. A palavra tornou-se uma abreviação cultural — política tóxica, locais de trabalho tóxicos, amizades tóxicas, redes sociais tóxicas — mas o uso generalizado do termo é mais do que apenas uma moda linguística. Ele sinaliza um reconhecimento coletivo de que algo está profundamente errado nas relações que moldam tanto as nossas vidas privadas quanto os nossos sistemas públicos.
Parte I — Sistemas Tóxicos de poder
Começamos com os sistemas políticos e económicos que moldam a vida coletiva. Aqui, a toxicidade surge no abuso de autoridade, na disseminação de desinformação e na força corrosiva da corrupção. O populismo, a censura e a retórica inflamatória fraturam a coesão social e minam a confiança nas instituições. No entanto, é também aqui que se encontra a resiliência: no fortalecimento de judiciários independentes, de uma imprensa livre, de organizações da sociedade civil e de acordos internacionais que restringem o po
ISBN | 978-65-266-5177-3 |
Número de páginas | 515 |
Edição | 1 (2025) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Capa dura |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Estucado Mate 90g |
Idioma | Português |
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