"Suprime a vida quem apenas vive
Sem amar desmedidamente
As coisas simples do mundo caquético.
Em vão se busca aquilo que jamais
Há de nos pertencer: a perfeição do eu.
Com que intuito acabar uma obra
E assim limitar pra sempre
Seus mistérios, seus segredos, suas dúvidas.
Porque quem ama não pode saber
O que ama e assim deixar de amar.
É mister desconhecer, descobrir é mundano.
Coloca-te através de enigmas e verás
Que poucos irão te complexar.
Querer é desejo eufemismado
E não confie em eufemismos.
O tapa na cara te acorda e te dá a luz.
O choro mostra que estais vivo."
Número de páginas | 23 |
Edição | 1 (2019) |
Idioma | Português |
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