Hoje de manhã, as roupas se jogaram na máquina e as recolhi secas de centrifugada depressão; as louças pularam na pia e massageei-as com sabão; a torneira fez xixi sobre elas; o sol não apareceu na janela e veio um vento frio para gelar o dia a chuva caiu e nenhum pingo caiu em mim, porque não saí do teto. Não almocei, porque meu estômago estava com preguiça; tomei um café com pão e linguiça. Faz três semanas que Sarita* não toma banho. * Sarita é uma pet. Se aparecer um dinossauro na sua sala, pergunte o nome. Se ele responder que é Dino da Silva Sauro, não se preocupe, pois é apenas um desenho animado. Para não morrer de tédio, nesta quarentena, juntei uns poemas mais gostados e compilei nesse livro de bolso, para agradar dinossauros... Não apaguei as luzes antes de dormir. Eles têm medo do escuro. Se adotar um em casa, é bom saber lidar. Não deixe seu dinossauro conversar com estranhos, na rua.
Se o levar na moto, faça-o usar capacete e coloque uma bandeira no rabo.
Os dinossauros são daltônicos. Oriente o para não atravessarem no vermelho. Não esqueça de levar seu dinossauro para vacina, banho e brilho. Leve seu dinossauro à academia de letras para o ambientar com os futuros colegas. Saber lidar ou não com dinossauros é importante, mas, se achar um dinossauro pequeno, não mande embora, mesmo que, ao crescer vá incomodar muito. Faça dele um bonsai. Da mesma forma, Nunca deixe o poeta crescer do tamanho de um dicionário, porque igual ao dinossauro, vai incomodar muito. leia os livros de bolso, como este. Foi um bonsai que fiz para você.
Número de páginas | 112 |
Edição | 1 (2020) |
Formato | Pocket (105x148) |
Acabamento | Brochura s/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 80g |
Idioma | Português |
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