Livro conta história da amizade de
Nossa Senhora com um menino de rua
Diálogos bem humorados entre um Menino de rua e a Virgem Maria suscitam reflexões sobre a miséria humana e os mistérios do Universo, além de apresentar ao leitor outras visões sobre o Evangelho.
O livro “A Senhora e o Menino”, de Wilson Gonzaga, é escrito numa linguagem simples e direta. O romance narra a trajetória de Felício, um menor infrator, usuário de drogas e fugitivo da Febem que, durante uma alucinação, conversa com a Virgem Maria. A aparição de Nossa Senhora, que se repete ao longo de toda a narrativa, faz com que o menino reflita sobre o uso de drogas, o mundo, a religião, a história da humanidade, as pessoas que o cercam e sobre os conceitos de bondade, amizade, companheirismo e respeito. A partir dessa ligação com o mundo espiritual, Felício decide mudar os rumos de sua própria vida, recuperando sua identidade e dignidade.
Os encontros entre a Senhora e o menino são marcados por um diálogo inteligente e bem humorado, que remetem o leitor a uma espécie de “auto da compadecida urbano”. Além do cenário ser a cidade de São Paulo, a linguagem utilizada pelo autor é coloquial e as cenas são extremamente visuais. As falas da Virgem Maria são pautadas por narrativas lúdicas e envolventes do Evangelho, além de ensinamentos da história apócrifa de Jesus. Já Felício prefere falar de futebol, amigos e sobre a cidade em que vive. Além de sempre fazer irreverentes intervenções durante a fala de Nossa Senhora. Essa mistura acaba suscitando no leitor reflexões sobre a miséria humana e os mistérios do Universo.
Numa determinada parte do livro as frases de um e de outro vão se mesclando. Enquanto a Senhora busca se aproximar do universo de Felício com o uso e expressões cotidianas e histórias que ilustram a realidade de maneira metafórica, o menino vê a santa como a mãe que nunca teve e passa a confiar seus sentimentos, angustias e desejos para aquela imagem que, na verdade, reflete ele mesmo. Cada vez que compartilha sua vida com a Virgem Maria, Felício, que no início da história é chamado de Fel, aprofunda seus conhecimentos sobre sua própria personalidade e modifica suas perspectivas de futuro. Para aqueles que acreditam na recuperação das pessoas e na disseminação dos bons sentimentos, trata-se de uma obra imperdível!
Número de páginas | 312 |
Edição | 1 (2012) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 80g |
Idioma | Português |
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