São duas excelentes novelas literárias. Eu não tenho dúvida de que estão entre as melhores que eu já escrevi. Literárias para que não haja nem sombra de dúvida no tocante à distinção visceral entre o que eu escrevo e a baboseira das novelas de televisão. Todas duas são de uma dramaticidade extraordinária, são dramas humanos intensos, levados às últimas consequências, na primeira, “O capinzal”, acredito que um pouco mais do que na segunda, “A borboleta morreu e a flor murchou”. Eu deveria dar título ao livro de “O capinzal”, mas achei que “A borboleta morreu e a flor murchou” era mais sugestivo, atrairia mais a atenção dos leitores. A primeira se passa numa aldeia e nos arredores do povoado, gente que vive no campo, gente rústica, mas não por isso menos inteligente do que os citadinos e são pessoas mais sensíveis do que muita gente que vive na cidade. Há violência. Mas o drama humano é que é a tônica, ele é extremado, capaz de tocar qualquer um, qualquer um que tenha um mínimo de sensibilidade, a mim mesmo me comove. Você vai conhecer personagens comoventes, pessoas sensíveis, que amam e dão a vida pelas pessoas a quem amam. A outra também fala de dramas humanos, mas o contexto é outro, a forma, pois aí se trata de ficção científica. Eu não daria esse rótulo. Talvez não seja uma estória de ficção científica e sim drama, drama. O leitor verá. Há violência, mas não especificada, não particular, e sim referências à violência generalizada que campeia nesse planeta maldito que é a Terra. Os outros planetas do sistema solar estão muito melhores do que a Terra, porque não são habitados. E eles não correm o risco de destruição.
Quantos dos meus leitores, que são, aproximadamente, nenhum, sabem que a Terra está sendo destruída gradativamente, a cada dia que passa em ritmo mais acelerado, pela espécie dominante, que é a maldita raça humana?
Número de páginas | 310 |
Edição | 1 (2012) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 80g |
Idioma | Português |
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