Há livros que nascem de estudos; outros, de pesquisas, de planejamentos, de agendas e ideias cuidadosamente ordenadas. Mas este não. “O Surto Racional” nasceu de um colapso. Não de um colapso da mente, mas da alma — de um cansaço tão profundo que só o Espírito Santo poderia transformar em palavras. Foi nesse ponto que descobri que o verdadeiro surto não é perder a fé, é recuperá-la depois de conhecer a verdade.
A religião, com sua aparência de piedade, havia se tornado para mim um fardo. Suas exigências, seus moldes, suas cobranças incessantes por uma santidade performática corroíam, pouco a pouco, o frescor da graça em mim. Eu me via dentro de templos repletos de vozes, mas carentes da Presença; repletos de movimentos, mas vazios de sentido. A alma, já fatigada, clamava por descanso — e foi nesse clamor que Deus me fez enxergar que o Evangelho de Cristo não se confunde com o evangelho dos homens.
Por muito tempo, eu confundi disciplina com santidade, rigidez com fidelidade e ritual com comunhão. Até que a fadiga se tornou insuportável. E no limite da exaustão espiritual, algo em mim quebrou. Ali, onde muitos diriam que eu surtei, foi onde eu despertei. E compreendi que há momentos em que Deus precisa permitir que a razão entre em colapso para que o espírito volte a respirar.
| Número de páginas | 68 |
| Edição | 1 (2025) |
| Idioma | Português |
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