Instigado pela curiosidade em estudar o mecanismo dos crimes que assolam o nosso cotidiano, levando a insegurança na sociedade e a desconfiança em nossos semelhantes e nas leis que não consegue nos proteger adequadamente, durante anos arrojei-me em campo, assinando os principais jornais do estado e acessando portais de notícias, interessado quase que exclusivamente nas matérias policiais, deslocando-me para os cenários das ocorrências, com o objetivo de pesquisar in loco, quando as informações colhidas nas mídias não me ofereciam um entendimento satisfatório do acontecido, entrevistando informalmente circunstantes da cena, quando não os próprios envolvidos. Boa parte dos episódios não valia senão uma rápida conferida, enquanto outros mereciam registros mais duradouros, por algum fator inusitado que o caracterizou, mesclado à linguagem ficcional, em contos literários. Três deles incorporam esse volume:
1 – Só no Sapatinho. O crime sapatinho é uma modalidade onde a vítima é funcionário da instituição financeira, em que, por ele e a família se ver sob a ameaça dos criminosos, o funcionário se sente obrigado a se dirigir a instituição para a retirada dos valores exigidos. Uma ação, que quando bem conduzida, evita confrontos direitos com a polícia. E foi o que ocorreu com o roubo do dinheiro da folha de pagamento dos funcionários do estado, no antigo Banco do Estado do Piauí (Bep). Um crime magistralmente bem executado, em que o maior problema surgiu no momento da decisão do que fazer de imediato com o botim, pelo desentendimento entre os membros da quadrilha, com seus propósitos divergentes.
2 – O Reencontro. Na adolescência, frequentando a mesma e sala de aula da unidade escolar, as garotas eram confidentes e amigas inseparáveis, mas em determinado período, por fatores circunstanciais, perderam o contato entres si, até que por casualidade, decorrido um longo tempo sem ter notícias uma da outras, voltaram a se reencontrar. Elas, que tinha uma vida muito parecida socialmente no período juvenil, estavam agora alocadas em universos opostos: enquanto uma era casada com um rico empresário, a outra namorava um ardiloso assaltante, que, com as confidencias da namorada exaltando a vida luxuosa da amiga, se revelou mais do que interessado em tirar proveito da amizade recém-reatada.
3 – A Mulher do Patrão. Ele necessitava dar uma chance a si mesmo, reformular sua vida; sabia que a missão não seria nada fácil. Era possível mudar sua natureza, empenhando a força de vontade? Não sabia, mas tinha de tentar, mesmo usando expedientes desonestos por um propósito supostamente honesto, já que não vislumbrava outra forma para sua reabilitação social. Conseguiria realizar seu objetivo com o passado acusador e os vícios arraigados em sua mente, conspirando acusadoramente contra ele?
ISBN | 9786500896596 |
Número de páginas | 100 |
Edição | 1 (2023) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Ahuesado 80g |
Idioma | Português |
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