Readle, um bem sucedido Administrador do ramo de Hotéis e ex-Bar Man do Gansevoot Hotel conheceu Lexie Paterson, herdeira do Beekman Tower Hotel durante um after onde trabalhava. A relação entre ambos tonou-se profissional.
Contudo, na noite do Valetine’s Day, um erro na reserva da mesa 104 no The River Café uniu seu caminho ao de Melany Cruser, graduada em Marketing e Propaganda, mudou-se de Boone Creek, após um trágico acidente que vitimou seus pais. Trabalha no JobTap, renomado escritório de Publicidade e Marketing Profissional e Pessoal de New York City. Uma noite será o suficiente para reescrever seus destinos. O primeiro encontro será o último da vida de ambos? Essa história é uma saga que se inicia neste livro, a partir do encontro em diante terão que rever seus conceitos e refletir sobre suas escolhas, que pressionadas serão tidas como erradas. Dona de um mistério envolvente, Mel irá abastar Readle de seus sonhos, até que ele passará a descobrir quem é a mulher com quem se propôs casar.
– “Fomos ao The River Café, ela reservou a mesma mesa que nos conhecemos, a 104; jantamos, conversamos, mas ao final ela me disse algo que tem entranhado o juízo desde a última noite, não paro de pensar naquelas palavras”
- “Ela vai casar ou está namorando?”
– “Não. Ela está grávida”
– “Uau, como reagiu a isso?”
– “É. Estou super feliz por isso”
– “Desculpa, Readle, mas não estou conseguindo acompanhar. Até outro dia disse-me na mesa do bar que estava empolgado pelo encontro. Nele você descobre que ela está grávida e fica feliz por isso?”
– “Sim, pois eu sou o namorado dela”
– “Ela está grávida, vou ser pai!” – disse Readle empolgado, por fim.
Por um instante, Elio achou que não ouvira bem. Foi só quando viu a expressão no rosto do amigo que reparou que ele não estava brincando.
- “Ela está grávida?”
- “Sim.”
Elio caiu estalado sobre a poltrona do escritório, como se suas pernas de repente tivesse perdido completamente as forças.
- “Por que ela não te contou antes?”
Readle virou-se em direção à sua cadeira.
- “Ela descobriu recentemente, também é surpresa para ela tudo isso”
- “Claro” - respondeu Elio, espantado.
- “E tem mais uma coisa”
Elio levantou o olhar quando Readle pôs a mão em seu ombro, pedindo:
- “Quero que você seja o padrinho do meu filho”
Ainda desconcertado, Elio levantou, pegou um copo e com as mãos trêmulas colocou água, era perceptível seu semblante completamente turvo e bastante enfurecido.
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No domingo após a festa, Readle foi visitar Elio. Não estava em casa, mas quando o elevador chegou ele estava dentro. O olhou, cumprimentou, pegou as chaves e abriu a porta do seu apartamento.
- “Elio, o que está acontecendo? Você pode, por favor, me dizer?”
- “Nada. Se está se referindo a sua festa de noivado, não pude ir porque estava ocupado”
- “All right. Isso eu entendo, liguei diversas vezes para você. Custava ter dito apenas isso? Você é meu irmão, compartilhar minha felicidade com você torna-a mais completa”
- “Readle, nós não somos irmãos, ok? Não precisa se cobrar tanto em relação a mim”
Ele o pegou pelo braço, deu alguns passos e olhou em seus olhos. Elio abaixou a cabeça. Soltou-se das mãos de Readle caminhando até a janela. Chovia, lá fora a água escorria pelo espelho da janela, seu reflexo era mórbido, queria falar. Mas a voz ecoava como um grito que ia e vinha dentro dele. Apesar de... Ele não podia... Só que, não era isso. Não era assim...
- “Por que está agindo dessa maneira? Eu fiz algo? Você está com raiva ou ciúmes, por algum acaso você ainda se lembra de Elizabeth e está me culpando por eu não ter noivado com sua melhor amiga?”
- “Não muda a ordem das coisas, Readle. Não é nada disso! Você vai dar o grande passo e dizer “sim” antes mesmo de saber quem ela é”
- “Ela quem?”
- “Ela!” – gritou Elio, parecia incomodado com algo – “Melany”
Readle deu alguns passos em sua direção procurando respostas que satisfizessem aquela reação, mas não encontrou. Não fazia sentido, Elio parecia ter algum rancor. Parecia querer dizer algo, só que não saia quando abria a boca, sua voz era muda.
- “Conheço a Melany” – respondeu Readle.
- “Estou tentando, entretanto, você parece não em escutar. Abra teus olhos, quero enfiar algum juízo nessa sua cabeça. Isso está acontecendo depressa de mais, você não a conhece.”
- “Por que insiste nisso?”
- “Porque vocês são desconhecidos, você está me ouvindo? Vou continuar a repetir até você entender, vocês dois são estranhos entre si”
Readle colocou as mãos sobre a cabeça, parecia ter seus neurônios em chamas. Não acreditava em basicamente nada. Não podia acreditar que seu melhor amigo estava agindo daquela maneira por ciúmes, somente esta palavra é capaz de explicar. A verdade é que Elio nunca se contentou por eu não ter amado Elizabeth como estou apaixonado por Melany. Entendo que goste de sua amiga, mas precisa entender que minha felicidade é tão importante quanto sua amizade, a menos que ela seja mais importante para ele que eu possa saber. Insistindo na conversa, R. Gene gritou enquanto esmurrava a parede de raiva.
- “Pela última vez, ela não é nenhuma estranha.”
- “Ok. Vai insistir nisso? Então me diga qual a cor preferida dela?”
- “O quê?”
- “Isso que você ouviu, qual a sua cor preferida? Qual o sobrenome de Melany?”
- “Por que isso agora? Não sou obrigado a te responder, Elio.”
- “Não. Não é obrigado. Mas essa resposta só demonstra que você não a conhece o suficiente para que possa me responder. Então como deseja casar com ela?”
Readle abriu a boca na intenção de responder, porém, se deu conta que não sabia as respostas das perguntas que Elio iria lhe fazer, caso respondesse essas primeiras. Ao se dar conta que estava conseguindo se comunicar com seu amigo, Elio pressionou ainda mais.
- “Não sabe responder, né? Tudo bem. Vou propor outras mais fáceis, em que ela é formada? Qual o nome dos pais dela? Onde ela viveu a infância? Qual o idade dela?”
- “Vinte e pouco” – arriscou
- “Eu mesmo poderia ter dado essa resposta”
Assim que se acalmou Gene levantou, aproximando-se de Elio, quera perguntar algo que ele não iria responder, mas o quê? Elio falou antes que ele pudesse pressiona-lo. Pediu desculpas por ter sumido.
- “Readle, desculpa por não ter ido. É que... Eu não...”
- “Fala!”
- “Não consigo. Eu não consigo falar. Não é tão fácil”
- “Você não está feliz por mim?”
- “Estou. Muito feliz Readle, não é isso...”
- “Somente se me disser o que é eu vou saber como agir e, poder entender um pouco você”
- “Na verdade nem eu sei”
Após um abraço eles falaram sobre a gravidez, apesar de estar desconfortável, Elio pensou que seria melhor ouvi-lo, ou ele passaria a desconfiar ainda mais.
Número de páginas | 190 |
Edição | 1 (2017) |
Idioma | Português |
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