Em Malditos Versos Mal-Ditos, Davi Roballo tece uma tapeçaria poética onde a alma humana é dissecada com bisturi de tinta e fogo. Entre gritos silenciosos e cicatrizes transformadas em estrofes, o livro mergulha nas dualidades que nos definem: razão e fúria, amor e desespero, liberdade e aprisionamento. Cada poema é um espelho quebrado, refletindo facetas cruas da existência — do menino que clama por inocência à mulher que desafia séculos de opressão em Deusas Aprisionadas.
Com metáforas que respiram (rios transbordando de interrogações, luas que incendeiam madrugadas) e uma crítica social afiada (consumismo, mediocridade, destruição ambiental), Roballo dialoga com gigantes como Drummond e Baudelaire, mas ecoa uma voz única, visceral. Seus versos são labirintos: convidam à perdição, não para encontrar saídas, mas para descobrir que a própria jornada é a redenção.
Do lirismo confessional de Diagnóstico à denúncia cáustica de Parasitas, a obra oscila entre o pessoal e o universal, desafiando o leitor a encarar suas sombras sob a luz de uma "Lua fagueira". O epílogo, porém, não encerra — reinicia. Como um rio que deságua em seu nascedouro, estes poemas deixam marcas: são feridas abertas, convites para que o leitor transforme seu próprio sangue em tinta.
Ideal para quem ousa navegar por abismos interiores, Malditos Versos Malditos não promete consolo, mas oferece facas — para cortar véus e costurar novos caminhos. Uma obra onde o sagrado habita o maldito, e a única certeza é qu
Número de páginas | 220 |
Edição | 2 (2025) |
Formato | Pocket (105x148) |
Acabamento | Brochura s/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Ahuesado 80g |
Idioma | Português |
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