Em "Espelhos do Absurdo", Davi Roballo tece uma obra que desafia as fronteiras entre poesia e filosofia, mergulhando nas profundezas da condição humana. Através de versos cortantes e imagens visceralmente simbólicas, o livro convida o leitor a uma jornada introspectiva por labirintos de espelhos quebrados, onde cada fragmento reflete as cicatrizes da existência: a solidão, a morte, o tempo efêmero e a luta entre razão e caos.
Os poemas, carregados de referências cósmicas (buracos negros, quasares, supernovas) e diálogos com pensadores como Schopenhauer e Nietzsche, exploram a fragmentação da identidade e a busca por significado em um universo aparentemente indiferente. Títulos como *"Ame apenas os espelhos que te ferem"*, *"Eu, câncer cósmico"* e *"Alzheimer: autópsia do instante"* revelam uma escrita que sangra verdades cruas, disssecando temas como a vaidade, a loucura, o amor dilacerado e a decadência da modernidade.
O absurdo, aqui, não é apenas tema, mas método: uma lente para desmontar a ilusão de normalidade e revelar a beleza grotesca por trás das máscaras sociais. Entre metáforas de espelhos que devolvem ossos em vez de rostos e rios de Lete que carregam memórias falsas, Roballo constrói um universo onde até o silêncio é um oráculo.
Número de páginas | 200 |
Edição | 1 (2025) |
Formato | Pocket (105x148) |
Acabamento | Brochura s/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Ahuesado 80g |
Idioma | Português |
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