CIÊNCIA, SIMPLES MAGIA LOGIFICADA

[Ciência, a Nova Religião - volume dois

Por Ernesto Bono

Código do livro: 78540

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Psicologia, Geografia E Historia, Filosofia

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Sinopse

A carta e o poema que vêm a seguir foram escritos por um grande amigo, colega de medicina, e que vou manter no anonimato. Vou aproveitá-los como uma espécie de prefácio para este segundo tomo da “Ciência, a Nova Religião”, e chamo-o agora “Ciência, Magia Logificada”.

Esse foi o desabafo de um colega meu, de um médico honesto, depois de ler a primeira edição ou versão de É a Ciência Uma Nova Religião? (ou Os Perigos do Dogma Científico), Editado pela Editora Civilização Brasileira S/A, Rio de Janeiro, do Sr. Enio Silveira, em 1970. Se antiga versão suscitou bons e entusiásticos sentimentos por parte de muita gente, podem imaginar, amigos, que elogios não merecerá a versão atual, burilada, atualizada e transformada em quatro volumes. Deste modo então escreveu o honestíssimo e nobre colega:

Querido Irmão:

Tu sabes muito bem que as palavras são apenas veículos dos sentimentos. E que aquela súbita e infinita alegria, que aquela tristeza imensa não podem ser traduzidas pelas palavras, essas fantasmagóricas rainhas.

Entretanto..., abusemos uma vez mais: como desculpa, te digo que obedeço ao forte impulso interior.

Escrever-te é difícil, não por tua culpa é claro. Antes desta linha, já rabisquei e destruí umas boas dez folhas que tentei iniciar, mas invadido por terrível ambivalência, pensava cá comigo:: "Quê queres comunicar a quem sempre te pode ensinar?"

A verdade é que não consigo conter um grande sentimento de gratidão. Não sei porque, mas só agora, depois de um ano de relacionamento é que te escrevo: talvez porque o intelecto não mais resista com suas clássicas e idiotérrimas perguntas ("O que será que ele vai pensar, etc.").

Desde aquela ocasião em que aquele estudante de medicina angustiado, apalermado e burróide te procurou, até os dias de hoje, muita coisa de notável para mim ocorreu.

Hoje, onde havia angústia, há paz; onde havia confusão, há clareza e serenidade.

A pedra bruta atirada montanha abaixo girou, girou, chocou-se com outras e após seu giro louco repousou e, para surpresa, viu que estava modelada.

Ah, amigo, foste o artista desta transformação!

Por isto te sou infinitamente grato.

Pela tua imensa capacidade de mergulhar profundamente neste mar de caos que é o mundo moderno – com o perdão da palavra – chafurdar nas imundícies criadas pelos cientistas e, após um trabalho estafante – às vezes não entendo como conseguiste – retirar uma pérola que depositaste nas mãos de muitos, entre os quais estava este discípulo ultra condicionado.

Muito obrigado amigo e irmão. Quisera ter podido repartir contigo gota a gota os suores daquela época infernal, daquela angústia notável, os calos nos dedos de tanto bater na velha máquina Remington, os fios de cabelo que deves ter perdido, ou senão brancos, que, por vezes, disfarças de leve.

A vida quis, entretanto, que passássemos solitários aquela etapa, que graças a ti, é agora um sonho vivo para mim..

Mas por Deus:

Onde estão as bactérias, os vírus e ultra vírus,

O mundo microscópico demoníaco,

E seu igual o universo científico,

Inventados por estes egos filhos da puta?

Onde estão o fígado, o baço, os rins

O coração, o pulmão, o cérebro, Deus meu?

Artimanhas terríveis daquele

Que se encanta em dividir, dividir, dividir...

A necrose, a cirrose, a leucose, a nefrite

A Anatomia Patológica, o câncer, a genética?

E a célula, velha madrasta maligna

Mil vezes prostituta, mãe de mil demônios?

Onde estás? Onde estão?

Estão aqui, é claro, ou seja em lugar nenhum...

E o cérebro dos psiquiatras?

E aquela esquizofreniazinha

Que escorregava nas costinhas daquela proteinazinha?

E aquela coisinha de ego, Superego, id?

Superego... o bom... o bom...

Ego – Sou eu! Sou eu!... Eu, quem, panaca!

E o Id... Id... Id... Id...---- Idiotas!

Onde está aquela criança que não pode apanhar sol!

Ou ir na chuva porque recolhe, ou tomar banho porque encolhe?

(Elas te agradecem também)

Onde foi o que dizia que pólen dava alergia.

Maldito seja, e que por mil encarnações

Receba ferroadas de abelhas na bunda...

Será que me faz mal batata-frita com ovos, Doutor?

Xi, não posso comer maçã porque me dá congestã!

Bravo, bravíssimo, demoliste a coisa.

E como dizia Fernando Pessoa:

Isto é um rio, este é o sol, isto é o amanhecer

Esta é uma árvore, este é um pássaro...

Resumo: recriaste a natureza.

Bicho muito doido!...

Características

Número de páginas 279
Edição 1 (2011)
Formato A5 (148x210)
Acabamento Brochura c/ orelha
Coloração Preto e branco
Tipo de papel Offset 80g
Idioma Português

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Fale com o autor

Ernesto Bono

Sou médico, formado pela UFRGS, em 1968. Sou escritor desde 1965, tendo 12 livros editados, 1 pela Civilização Brasileira, 1 pela Ed.Pallas, 4 pela Ed.Record, 1 Bonopel Edições, 1 pela Zenda Editora, 1 pela Zenda Editorial , 1 pela Fundação Educacional e Editorial Universalista, 1 pela Ed. Rígel e 3 pela Ed. Renascença. Possuo mais 25 livros inéditos, os quais gostaria muito que viessem a ser editados por esta Editora. Além dos livros possuo inúmeros artigos publicados por jornais de Porto Alegre,Rio de Janeiro, São Paulo, Brasilia e Curitiba.. Fui citado pela Revista Planeta, pelo Pasquim, 6º Sentido, Revista UFO. Participo há mais de 6 anos de programas radiofônicos na Rádio Pampa e Rádio Canoas. Compareci inumeras vezs em programas de TV.

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