A mansão dos Sottomaior era exuberante bonita como um cartão postal ocupava mil metros quadrados no centro de um bairro nobre.
Se destacava não apenas pelo sobrenome da família que ali morava, mas pelo luxo combinado ao bom gosto.
Era o orgulho de todos na região de Caxias do Sul na serra riograndense.
Se fazia enxergar de longe a construção em estilo europeu era um castelo todo em pedras talhadas a mão, era centenária , datada do ano de 1857.
Sottomaior era uma mistura de italiano com búlgaros e portugueses, mas sua origem italiano, português ou português italiano (há controvérsias) remonta o tempo do império D.Petrus II, onde se orgulhavam de ser membros da corte imperial.
Era uma família tradicional e detentora de uma grande fortuna, em terras e no ramo da construção civil, donos de grandes empreendimentos imobiliários em Caxias e região chegando também na capital Porto Alegre.
A engenharia civil Sottomaior dava emprego a mais de quatro mil famílias em todo o estado, em conjunto com a vinícola Sottomaior.
Corria o ano de 1976 , Rosinha e Antony Giusep ,brincavam sem preocupações pelo quintal da mansão, na pracinha particular ,no arvoredo exuberante que mais parecia uma mata em plena cidade.
Ela tinha 7 anos e Antony 10 e sua irmã Isabelle 8 , o que diferenciava eles era apenas a cor da pele e o status social, Rosinha era negra e filha da cozinheira, mas no momento eram crianças e só queriam correr de um lado para outro com toda liberdade própria da infância.
Como crianças viviam felizes a correr de um lado para outro, sem tomar conhecimento do que se passava no mundo dos adultos.
Rosinha estudava na escola pública no bairro e Antony e sua irmã na particular D.Pedro I no centro da cidade.
Ela morava com a mãe num chalé de três quartos sala e cozinha, aos fundos da mansão com saída para rua lateral, sua mãe Cacilda era cozinheira da mansão, pois ficou no lugar de sua falecida vó , Francisca.
Sua família já estava na terceira geração prestando serviços domésticos aos Sottomaior, também na terceira geração, por isso suas histórias se interligavam, e sempre foram tratados com respeito pelos Sottomaior.
Quando Rosinha completou doze anos todos viram que se tornaria uma linda mulher, de traços mestiços bem delineados um capricho do criador.
A família Sottomaior se reuniu foram logo dizendo ao jovem adolescente Antony ,que devia se afastar de Rosinha porque era negra e filha da empregada, pois notaram que ali podia brotar um relacionamento indesejado pela família.
Mas não sabiam que Antony e rosinha já namoravam escondidos e faziam juras de amor eterno e que lutariam para viver esse amor.
Tudo começou de brincadeira e estava se tornando sério a medida que eles iam crescendo a paixão era quente e avassaladora.
Os primeiros beijos deram no escurinho do cinema, fugiam e iam para o matiné no domingo a tarde, e não tomavam conhecimento do filme queriam aproveitar aquele momento em que passavam sozinhos para beijar muito.
Algumas noites após a meia noite quando todos dormiam se encontravam na capela da propriedade, beijos e caricias mais ousadas eram trocados
Eles chegaram a pensar em transar, mas Antony segurou as rédeas da situação, fazendo ela entender que se acontecesse isso antes de serem maiores de idade o problema também seria maior, em relação a família e portanto era sensato esperar a maioridade dele pelo menos, para que pudessem assumir esse amor e finalmente casarem.
Entendiam as dificuldades que enfrentariam por causa do preconceito de ela ser negra pobre e ele branco rico, por isso na frente dos outros brigavam e discutiam por qualquer bobagem para encobrir que morriam de amores um pelo outro.
Aos 15 anos Rosinha era uma mulher de tirar o folego, 1,75 de altura bum-bum arrebitado seios médios e fartos, boca carnuda e sensual, morena clara , achocolatada, cabelo meio afro compridos cheio de cachinhos, olhos azuis claro e 56kg bem distribuídos.
Antony as 18 anos era magrelo, cheio de espinhas, cabelos ruivos e olhos verdes, deixava a desejar, mas vendo os traços da família na maturidade certamente se tornaria um belo rapaz.
Havia iniciado já a um ano, a faculdade de engenharia civil na Puc de Porto Alegre, porque os pais queriam manter ele longe de Iracema.
Mas sempre que possível falavam ao telefone e mantinham cartas de amor mensalmente.
Declarações como: a distância de você machuca como ferida exposta, mas aumenta cada dia o amor que sinto, por favor me espere.
Número de páginas | 139 |
Edição | 1 (2016) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 80g |
Idioma | Português |
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