Certa vez, li algo em Nietzsche sobre o mal se encontrar relacionado com a noção de proximidade. Por exemplo, alguém que obedece a ordem de execução contra outra pessoa é mais cruel e condenável que aquele que dá a ordem.
Digo isso, pois observei muitas postagens ultimamente sobre a diferença no tratamento entre duas tragédias: a de perdas de vidas humanas e da destruição de um monumento importante para a memória, para cultura e para história humana. Por que um atraiu mais esforços efetivos para saná-lo e o outro, menos? Levando em conta a gama monstruosa e milionária de doações.
Faço um paralelo com a noção nietzschiana.
A catedral de Notre-Dame está em qualquer livro de história mundial que o seu filho estuda para a prova de amanhã; pode estar ao seu lado num romance universal; num filme que você assistiu ontem com sua esposa; em fotografias que você tirou nas últimas férias; pode ser um quadro na sua parede.
Em contrapartida, milhares de vidas humanas que se foram de repente numa grande tragédia natural numa África tão distante só foram rostos humanos que você nunca viu ou conheceu e que jamais conhecerá.
ISBN | 979-88-562-5733-4 |
Número de páginas | 56 |
Edição | 1 (2020) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 80g |
Idioma | Português |
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