Este livro é o fim de um ciclo, não apenas o fim de uma obra, mas o fim de uma busca. Uma busca que nunca teve um propósito maior do que o próprio vazio da existência. O Último Homem, aqui, não é uma personagem, mas o reflexo de uma condição humana irreversível: a consciência de que estamos, todos, mortos. Não porque o corpo já não bata, mas porque, há muito, nossas almas foram dilaceradas pela repetição, pela desilusão, pela falta de sentido.
O que está entre essas páginas não são apenas palavras, mas os ecos de uma morte lenta. Não se trata de uma morte física, mas da morte daquilo que acreditávamos ser a essência da vida — a esperança, o amor, a beleza. O Último Homem é aquele que não se enganou mais, que parou de fingir, que deixou para trás todas as máscaras da mentira. Ele não busca mais redenção, não espera mais salvação. Ele simplesmente aceita o fim — o fim do desejo, o fim do sonho, o fim da luta. Ele existe no espaço entre a ruína e a desilusão, onde as palavras são tudo o que restou, e mesmo elas começam a perder seu significado.
Esta não é uma poesia de consolo. Não há misericórdia nas entrelinhas, nem conforto nas palavras. Ao contrário, o que você encontrará aqui é a crueza de um olhar que, finalmente, enxerga a vida como ela é: sem adornos, sem ilusões, sem metáforas. O Último Homem observa o mundo como quem vê uma tempestade se aproximando e já não tem mais forças para correr. Ele aceita, não por resignação, mas porque o entendimento, finalmente, se faz.
Número de páginas | 102 |
Edição | 1 (2025) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Ahuesado 80g |
Idioma | Português |
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