Um certo dia eu estava necessitando de falar com o prefeito de minha cidade. Era um assunto muito importante e, portanto urgente, de caráter pessoal.
Quando me preparava para ir ter com ele, pois fora avisado de sua presença no Paço (coisa raríssima!), recebi a visita de um amigo, que me trazia um presente: um saco de maxixes.
Minha família já era grande, mas um saco de maxixes, só para nós, beirava ao exagero. Então lembrei-me que o pastor de minha igreja declarara-me certa vez ser fervoroso degustador da iguaria.
Separei a metade dos maxixes para minha família e para alguns vizinhos e o restante, no mesmo saco, amarrei na bagagem da motocicleta, partindo para o encontro com o Chefe do Executivo Municipal de meu município, de onde, após o mesmo, eu iria até a casa do meu pastor, para presentear-lhe com os maxixes ganhados.
Sabendo que o alcaide não estaria no Paço por muito tempo, parti em disparada, disposto a não perder a oportunidade de lhe falar, ansiada e aguardada há meses.
Cheguei ao local onde ele estava, estacionei a motocicleta e apeei. Ele estava de pé na porta da sala, já de saída. Caminhei em sua direção, apressado, mas parei a meio caminho, pois uma estranha sensação forçou-me a olhar para trás… o saco de maxixes não mais estava na bagagem da motocicleta. Caíra no caminho e a estas alturas dos acontecimentos poderia já estar sendo “colhido” por outras pessoas.
Olhei para o prefeito, que me aguardava de pé à porta, com um sorriso condescendente, e pensei no pastor de minha igreja e seu gosto por maxixes...
Número de páginas | 73 |
Edição | 1 (2014) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 80g |
Idioma | Português |
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