Nasci e cresci em um quintal de barro puro, onde aprendi a brincar com o que tinha e a sonhar com o que ainda não havia. Meus brinquedos falavam comigo — não como amigos imaginários quaisquer, mas como guias que me questionavam, instruíam e, muitas vezes, me desafiavam a ver o mundo de outros ângulos. Foi ali, nesse chão simples, que comecei a construir mundos que só eu via, e a transformar a escrita no meu porto seguro.
Desde que aprendi a escrever, não parei mais. Comecei com pequenos poemas — às vezes apenas frases que me ajudavam a conter a timidez ou dar forma ao que me habitava. Com o tempo, passei a devorar livros (três por mês é uma boa média), não apenas para aprender a escrever melhor, mas para continuar a me perder e me encontrar em cada história.
Na vida adulta, a escrita se consolidou como parte da minha identidade. Publiquei Montanha das Ilusões – Minha Busca: Um cântico para Deus, uma viagem ao inconsciente que procura as raízes do divino no mais profundo do humano. Depois veio Phoenix – o Renascido, onde tratei de renascimento, perda e cura com o cuidado de quem sabe que toda transformação deixa marcas. Em Ecos da Jornada – O Herói entre mundos e tempos, explorei o mito, a travessia e o eterno retorno de quem se aventura a conhecer a si mesmo.
Agora, com Lições da Barata da Vizinha, busco algo que sempre esteve em mim: o humor, o deboche afetuoso, a filosofia de boteco que ensina mais que tratados formais. Aqui, converso com Thoreau, Kepler, Wilde, Jung e até com um inseto atrevido que adora dar pitaco na vida alheia — tudo para lembrar que questionar é viver, e que viver pode (e deve) ser uma arte com pitadas de riso.
Escrevo para mim, mas também para quem sentir vontade de se aventurar ao meu lado. Acredito que a palavra é um convite: a ver, a sentir, a transformar. E, quem sabe, a tomar mais um café — mesmo que frio. Afinal, como descobri ao longo dessa estrada, sempre há tempo para reaquecer o que importa.
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