A Estrela Incorpórea
Nos confins de uma sociedade fictícia e política em que a verdade é um luxo para poucos, o poder se manifesta na forma de um narrador onipresente e despótico, cuja voz reverbera por entre os ventos da ausência… A obra “A Estrela Incorpórea” faz críticas diretas ao poder absolutista, em uma perspectiva nada prudente diante do nome de valores que se dizem sagrados, e que os mesmos foram corrompidos por interesses arcaicos e distorcidos para moldar uma realidade conveniente aos seus desígnios.
Sua população, uma massa de almas dilaceradas pela falta de acesso ao conhecimento, é subjugada pela promessa de redenção que nunca se concretiza. Assim, a ignorância se torna o alicerce de uma ditadura civil disfarçada de moralidade. Elementos naturais — terra, fogo, água e ar — representam cada segmento de uma civilização enraizada na divisão e no medo; Disfarçados de pensamentos mitológicos, refletem a sociedade e seus desejos, incluindo a consequência do que se é desejar, lutar, ignorar e ordenar. A ignorância prevalece como um véu que ofusca a visão daqueles que, cegos, marcham em conformidade com as mentiras que lhes são vendidas.
Aqui, talvez você aprenderá que o que gera a punição não é o injusto, mas sim o conveniente. Queira ou não aceitar, ser pego no crime é a única forma de ser punido, sendo pego por alguém ou por sua própria consciência: O instinto humano não poderia dizer como escapar do julgamento íntimo, da condenação que reside a alma, onde até mesmo a sombra de um pecado pode arder como o fogo mais intenso em que a consciência desafia a autoridade e a opressão. Com um mundo nas mãos de alguém, uma pobre lamentação já basta para que o queimar de seus ideais se torne o fogo de sua mais próxima fogueira da condenação.
Ainda assim, sem o conhecimento individual, a sua voz interior se silencia. Pense isso ser vantajoso, por sair imune e incólume de cada tormento propenso neste momento... Mas, viveria mentindo para si numa monótona rotina de lágrimas secas onde o grito por liberdade se transforma em sussurros esquecidos? Afinal, todos são ignorantes – desde quem pune, até quem é punido – e todos serão condenados!
O povo se dilui como uma Estrela Incorpórea, já não mais guiando os caminhos dos mares, e sim não sendo mais procurada por seus "marinheiros".
ISBN | 978-65-266-3106-5 |
Número de páginas | 73 |
Edição | 1 (2024) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Ahuesado 80g |
Idioma | Português |
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