Eu tinha 12 anos quando a minha família e eu fomos passar as férias de verão em Colorado. Um lugar cujo clima era bastante variado, podendo ser muito frio durante o inverno e bastante seco e desconfortável durante o verão. Também não havia muito que se ver por lá, além de inúmeras montanhas. Vivíamos em Nova Iorque por causa do trabalho de jornalista do meu pai, mas ele sempre quis viver numa cidade pequena e pacata onde pudesse escrever os seus contos e suas histórias extraordinárias que eu tanto gostava de ler. Meu pai trabalhava em um importante Jornal local, mas o que ele gostava mesmo era de escrever histórias. Histórias que ele próprio criava e eu achava aquilo fascinante, porque nunca fui muito bom em criar histórias. Este, diga-se de passagem, era um grande dom que ele tinha. Contudo, enquanto não havia conquistado sucesso como escritor, vivíamos na agitação de Nova Iorque onde o sossego que o meu pai precisava para escrever, era quase impossível, por isso, todos os anos, durante as nossas férias de verão, o meu pai procurava uma cidade qualquer, que não fosse muito grande, mas aconchegante, para passarmos as nossas férias. Eu odiava essa ideia com todas as minhas forças. Havia nascido e crescido em Nova Iorque e gostava de toda aquela agitação. Não entendia por que o meu pai não poderia escrever suas histórias em nossa própria casa, como todos faziam. E todos os anos era a mesma coisa. Eu não via a hora de ficar adulto e independente para que eu pudesse passar as minhas férias onde bem quisesse. Mas, como já disse, eu tinha apenas 12 anos
de idade e nada poderia fazer, a não ser lamentar e contar os dias para que aquelas férias acabassem logo. Eu só não poderia imaginar que “aquelas” férias de verão, mudariam a minha vida para sempre. Não falo de um amor ou de alguma amizade colorida que por ventura viesse a me acontecer... Tão pouco me refiro a alguma coisa que fiz ou que deixei de fazer. Não. Eu falo da coisa mais extraordinária que já me aconteceu na vida. Não tire conclusões precipitadas, nem tente adivinhar o desfecho desta história. Apenas acompanhe o que, detalhadamente escrevi sobre o que me aconteceu naquele verão. Naquele inesquecível, verão.
Número de páginas | 45 |
Edição | 2 (2018) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 80g |
Idioma | Português |
Tem algo a reclamar sobre este livro? Envie um email para [email protected]
Faça o login deixe o seu comentário sobre o livro.